quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Engenharia de Métodos e Processos Produtivos : Definição e Objetivos - Parte 1

Aqui inicio uma série de 9(nove) postagens sobre uma das matrizes curriculares mais importantes ao engenheiro de produção. Espero que seja de valia aos mesmos, como referencial teórico a futuras aplicações.

Conceitualmente, a Engenharia de Métodos e Processos Produtivos consiste em um estudo sistemático dos sistemas de trabalho. Conforme minha experiência profissional em indústrias de confecção e madeireiras, destaco que esta ferramente possui 4(quatro) objetivos básicos:

a- Desenvolver o sistema e o método preferido, usualmente aquele de menor custo;
b- Padronizar esse sistema e método;
c- Determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada, trabalhando em um ritmo normal, afim de executar uma tarefa ou operação específica;
d- Orientar o treinamento do trabalhador no método preferido.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Mercado de Trabalho segundo Waldez Ludwing

De certo que pode considero um descobridor de coisas na internet e mesmo na TV. Dentre tantos materiais ruins, eis que me deparo com uma entrevista dada pelo psicólogo e consultor de carreiras Waldez Ludwing aos programas Sem Censura(TV Cultura) e programa do Jô(TV Globo). Em ambas, ela dá uma verdadeira aula sobre mercado que trabalho, a qual servirá não somente aos profissionais de engenharia, mas como a todos, pois suas orientações são feitas em linhas gerais, veja as entrevistas abaixo:

Sem Censura - Parte 1


Sem Censura - Parte 2


Sem Censura - Parte 3


Programa do Jô - Parte 1



Programa do Jô - Parte 2


Programa do Jô - Parte 3

Feliz Natal

Venho através desta postagem, desejar um feliz natal a todos e que tenham seus projetos de vida realizados em 2011, com muita paz e prosperidade acima de tudo. Aproveito também, para agradecer a Deus pelo excelente ano que tive, pois em 2010 eu me formei, ingressei em uma pós-graduação e tive o devido reconhecimento pelo meu trabalho de gestor de produção da Fábrica Esperança. Entretanto, a batalha continua. Novos desafios virão pela frente, mas eu sei que Deus está comigo, assim como minha esposa Paula Esther, minha mãe Rosária, minha irmã Juliane e minha avó Maria. Juntos conseguiremos a vitória porque somos dignos e trabalhamos muito por ela.
Portanto, tenham todos um feliz natal e acima de tudo : OBRIGADO!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Engenharia de Segurança do Trabalho : Análise Preliminar de Risco - APR(3ªPARTE) FINAL

Conforme postagens anteriores, a Análise Preliminar dos Riscos(APR) ou Análise de Risco(AR) consiste em um documento, onde são registrados todos os perigos e riscos inerentes, a determinado tipo de atividade e suas devidas proteções e serem providenciadas, objetivando a minimização ou eliminação destes risco e perigos da atividade ou serviço. Para que tenha maior eficácia, recomendo os seguintes cuidados:

a- Deve ser planejada com antecedência de tempo mínimo necessárias, com data e horário da execução da atividade;


b- Os responsáveis pela elaborações devem ser os componentes do setor de engenheria de segurança do trabalho, que possuam o pleno conhecimento do mecanismo de funcionamento desta atividade. Ressalta-se ainda que o formulário deverá conter a assinatura do engenheiro responsável pela aprovação;

c- Qualquer alteração da atividade e/ou pessoal executante, esta deverá ser devidamente registrada na APR, que deverá ser divulgada e mantida em local de fácil acesso até a execução do serviço e depois arquivada.

Entretanto, existem outras técnicas de análise de risco, como a  Série de Riscos; - Técnica de Acidentes Críticos; - Análise de Árvore de Falhas, porém, a técnica mais prática e que atende a NR-01 na análise de riscos de serviços é a Técnica -ANALISE PRELIMINAR DE RISCO que tem por objetivo: o VER, o PENSAR e o AGIR, diante de uma situação de risco/perigo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Engenharia de Segurança do Trabalho : Análise Preliminar de Risco - APR(2ªPARTE)

Ainda sobre o "APR", faço esta postagem com base em minha vivência na área de engenharia de segurança e em minha opinião crítica sobre a forma como esta ferramenta tem sido utilizada. Se na 1ªParte, a abordagem foi teórica, me reservo o direito de expressar minha opinião sobre o surto de crescimento do Brasil da Segurança no Trabalho. Sem dúvida, é um grande avanço termos a possibilidade de preservar a integridade de nossos trabalhadores. Mesmo que seja somente por imposição jurídica, temos um aumento na demanda de pessoas que desejam ingressar na área de segurança do trabalho, pois há muito campo de trabalho. Foco, especialmente a construção civil, em que nossa capital(Belém-PA), tem uma grande quantidade de obras em andamento, o que fez com que de uma hora para outra surgisse uma grande quantidade de vagas na área de Segurança do Trabalho e infelizmente isso ocorreu muito mais por exigência contratual das grandes organizações e juridica, do que pela consciência das organizações que executam as atividades de construção. Sem esta tal consciência, muitas empresas de construção civiç contratam profissionais sem grande experiência e pior, sem noção dos riscos aos quais um trabalhador da construção civil fica exposto diariamente e nem da responsabilidade do Engenheiro de Segurança. Proceder assim, aparenta uma política de redução de custos. Entretanto, esta escolha pode custar caro, uma vez que o critério de escolha diante do risco da atividade é algo que pode e deve ser levado em conta nas possiveis ações judiciais decorrentes de acidentes de trabalho. Nesta situação, insiste a necessidade de um grande contingente de profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho, mas daqueles deverão atentar ao fato de que em seu cotidiano, deverão cumprir as exigências básicas de programas e documentos que este tipo de atividade exige. Um conselho, é ter boa comunicação, pois assim pode-se entender o porquê e como se faz certas coisas, isto é, deve-se compreender o processo, dissecá-lo totalmente. Neste ponto, aqueles com formação em engenharia de produção levam vantagem. Como os engenheiros de produção ainda são minoria, os demais chegam a se limitar simplesmente ao pobre ato de copiar.
Simplesmente, existem profissionais que copiam documentos de modo a agir negligentemente ao não efetuar as análises que a atividade requer. Na construção civil, uma das ferramentas da Segurança do Trabalho, é o PCMAT, onde tudo começa.Alguns o confundem, já que é parecido com um trabalho escolar(citações, figuras), sem notar que trata da vida e saúde de pessoas. Um bom PCMAT é aquele que tem haver com a realidade daquela obra a qual ele se refere e que acima de qualquer outra coisa contem os seguintes pontos principais:

1.  RISCOS;
2. CONSEQUENCIAS;
3. MEDIDAS DE CONTROLE.

Sendo que estes versam sobre cada atividade que ali vai ser realizada. Sem isso, o PCMAT perde em serventia. No entanto, o maior problema está um pouco mais adiante, situa-se na Análise Preliminar de Riscos – APR,  que costumo dizer aos meus amigos é algo assim como o “receituário” do profissional do SESMT e como tal pode produzir bons resultados se for bem feito ou grandes problemas se for feito por fazer.

Independente do modelo, do formato ou do tipo de papel que se usa, a grande finalidade de uma APR é primeiro ser a guia para uma analise completa dos possíveis riscos que esta ou aquela atividade terão. Este exercício de analise possibilitará então que mediante cada perigo identificado seja definida uma ou mais ações que o mantenham sob controle e que assim permitam a realização da atividade sem que isso implique em risco para a vida das pessoas. Em um segundo momento, a mesma APR será então algo como um procedimento de trabalho para aquela atividade que servirá como orientação para que as atividades ocorram dentro de padrões pelo menos mínimos de segurança. E ainda, em um terceiro momento – que ninguém deseja mas que infelizmente ocorre – será o documento de referencia para em um caso de acidente entender com facilidade e rapidez em qual das fases – ou qual falha – levou a ocorrência do acidente.
Embora possa parecer simples elaborar uma APR adequada – qualquer pessoa com um pouco mais de conhecimento em nossa área sabe que isso é uma inverdade, até porque uma boa APR começa pela capacidade de reconhecimento de perigos e só se será adequada se quem estiver elaborando souber definir meios de segurança adequados e eficazes e compatíveis com a legislação em vigor. Vale lembrar mais uma vez que um APR mal elaborada pode matar pessoas.
Diante disso é preciso que nossos colegas de trabalho entendam por exemplo que aquilo que estiver escrito em uma APR deve retratar a real possibilidade de execução e que qualquer coisa contrária isso pode causar grandes problemas. Assim, não basta escrever por exemplo que é obrigação do trabalhador prender o cinto quando na verdade no local nem mesmo foi instalado um cabo para esta finalidade. Assim, não tem qualquer utilidade que na APR existe a obrigação de isolar determinada área quando nem mesmo há disponibilidade de meios para tanto naquela obra. Quando fatos assim ocorrem fica claro que não houve planejamento de segurança e sim a mera emissão de um papel para se livrar de alguma obrigação. Isso não é correto do ponto de vista técnico, ético e muito menos jurídico. APR é coisa séria. Através dela o trabalhador deve ser clara e amplamente orientado das ações que deve adotar em cada fase do trabalho para que não ocorram acidentes. Através dela também os responsáveis pelas equipes devem conhecer suas obrigações para que aquela atividade ocorra com segurança.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Engenharia de Segurança do Trabalho : Análise Preliminar de Risco - APR(1ªPARTE)

Começemos aqui nossas postagens da área de Engenharia de Segurança do Trabalho. A nível preliminar, focaremos um serviço especializado de engenharia, a Análise Preliminar de Risco, ou simplesmente a APR. Julgo a mesma como uma das melhores práticas já que analisa, a nivel macro, o trabalho em si e com isso lista os riscos aos quais o trabalho está exposto, dentro de um determinado número de horas em que deva exercer uma determinada tarefa. Trata-se de uma técnica de análise prévia de riscos que tem como objetivo antecipar a previsão da ocorrência danosa para as pessoas, processos, equipamentos e meio ambiente. É elaborada através do estudo, questionamento, levantamento, detalhamento, criatividade, análise crítica e autocrítica, com conseqüente estabelecimento de precauções técnicas necessárias para a execução das tarefas (etapas de cada operação), de forma que o trabalhador tenha sempre o controle das circunstâncias, por maiores que forem os riscos.
Conceitualmente, a Análise Preliminar de Risco é uma visão técnica antecipada do trabalho a ser executado, que permite a identificação dos riscos envolvidos em cada passo da tarefa, e ainda propicia condição para evitá-los ou conviver com eles em segurança. Por se tratar de uma técnica aplicável à todas as atividades, uma grande virtude da aplicação desta técnica de Análise Preliminar de Risco é o fato de promover e estimular o trabalho em equipe e a responsabilidade solidária. Logo, disponibilizaremos em nossa página de downloads, um modelo de APR.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Gestão da Qualidade : Six Sigma



 Simbolo Six Sigma

Aos que sabem, relembre. Aos que ainda não conhecem, eis que apresentamos a metodologia Seis sigma ou Six Signma(em inglês), a qual consiste em um é um conjunto de práticas originalmente desenvolvidas pela  empresa MOTOROLA, visando a melhora sistemática dos processos produtivos ao eliminar defeitos. Entretanto, "defeitos" podem ter significados diversos dentre as pessoas. Para os japoneses o conceito de qualidade é diferente daquele seguido pelos ocidentais. Entretanto, ao se aplicar esta metodologia, deve-se seguir apenas uma linha conceitual sobre qualidade, onde um defeito é definido como a não conformidade de um produto ou serviço conforme suas especificações. Em alguns países, o Seis Sigma é conceituado não só como metogologia, mas também como estratégia gerencial para promovar mudanças nas organizações, fazendo com que se chegue a melhorias nos processos, produtos e serviços para a satisfação dos clientes. Diante disso, ele tem como prioridades a  obtenção de resultados de forma planejada e clara, tanto de qualidade como principalmente financeiros.
O princípio fundamental do Seis Sigma é o de reduzir de forma contínua a variação nos processos, eliminando defeitos ou falhas nos produtos e serviços. A qualidade não é vista pelo Seis Sigma na sua forma tradicional, isto é, a simples conformidade com normas e requisitos da organização. Ele a define como o valor agregado por um amplo esforço de produção com a finalidade de atingir objetivos definidos na estratégia organizacional.
Atualmente, o Seis Sigma é visto como uma prática de gestão voltada para melhorar a lucratividade de qualquer empresa, independentemente do seu porte e ainda aumentando a participação de mercado, afim de reduzir custos e otimizar as operações da empresa que o utiliza. Muitas das vezes é compreendido como panacéia geral, mas na realidade é uma solução ótima de médio e longo prazos, e se aplicado com seriedade (sem falsas expectativas). Neste aspecto muitas empresas têm tido sucesso em sua aplicação e obtenção de resultados, e tantas outras têm falhado, o que não denigre a filosofia em si mas sim a forma e determinação como a mesma foi implementada.
Seus projetos seguem 2(duas) metodologias inspirados no Ciclo PDCA, criado por um dos "gurus da qualidade" Edwards Deming. Tais metodologias são compostas por 5(cinco) fases e denominam-se:

a) DMAIC : seus projetos focam melhorias nos processos de negócios já existentes, suas fases são as seguintes:

1. Define goals: definição de objetivos que sejam consistentes com as demandas dos clientes e com a estratégia da empresa; 
2. Measure and identify: mensurar e identificar características que são criticas para a qualidade, capacidades do produto, capacidade do processo de produção e riscos; 
3. Analyze: analisar para desenvolver e projetar alternativas, criando um desenho de alto nível e avaliar as capacidades para selecionar o melhor projeto; 
4. Design details: desenhar detalhes, otimizar o projeto e planejar a verificação do desenho. Esta fase se torna uma das mais longas pelo fato de necessitar muitos testes; 
5. Verify the design: verificar o projeto, executar pilotos do processo, implementar o processo de produção e entregar ao proprietário do processo.

b) DMADV : seus projetos são focados no desenvolvimento de novos produtos e processos de produção. Possui as seguintes etapas;

1. Define the problem: definição do problema a partir de opiniões de consumidores e objetivos do projeto; 
2. Measure key aspects: mensurar os principais aspectos do processo atual e coletar dados importantes; 
3. Analyse the data: analisar os dados para investigar relações de causa e efeito. Certificando que todos os fatores foram considerados, determinar quais são as relações. Dentro da investigação, procurar a causa principal dos defeitos; 
4. Improve the process: melhorar e otimizar o processo baseada na análise dos dados usando técnicas como desenho de experimentos, poka-yoke ou prova de erros, e padronizar o trabalho para criar um novo estado de processo. Executar pilotos do processo para estabelecer capacidades; 
5.Control: controlar o futuro estado de processo para se assegurar que quaisquer desvios do objetivo sejam corrigidos antes que se tornem em defeitos. Implementar sistemas de controle como um controle estatístico de processo ou quadro de produções, e continuamente monitorar os processos. 

O Seis Sigma contempla características de outros modelos de qualidade, tais como:
  • Ênfase no controle da qualidade;
  • Análise e solução de problemas;
  • Uso sistemático de ferramentas estatísticas;
  • Utilização do DMAIC (define-measure-analyse-improve-control: definir, medir, analisar, melhorar, controlar) e do PDCA (plan-do-check-act: planejar, executar, verificar, agir).
Contudo, o Seis Sigma abrange não só o pensamento estatístico, mas também, o alinhamento da qualidade com as estratégias da organização, além da forte ênfase na relação custo-benefício dos projetos de melhoria. Um dos maiores problemas do Seis Sigma é o fato de que muitas organizações não têm compreensão da metodologia fazendo com que os conceitos envolvidos sejam transmitidos de forma errônea, prejudicando a organização. Como justificativa da implantação do Seis Sigma cita-se:

  • Iniciativa própria para melhorar a qualidade e a produtividade;
  • Imposição de matrizes.
Como beneficios, temos :
  • Diminuição dos custos organizacionais;
  • Aumento significativo da qualidade e produtividade de produtos e serviços;
  • Acréscimo e retenção de clientes;
  • Eliminação de atividades que não agregam valor;
  • Mudança cultural benéfica.
Como envolve mudança cultural na empresa que a está implementando traz, geralmente embutida, uma forte resistência inicial a sua aplicação por parte dos colaboradores e equipes. Este aspecto não pode ser negligenciado em sua implementação sob risco sério de falha na mesma. A questão da cultura organizacional é relevante quando se trata do Seis Sigma, prova disso é o fato de que as empresas que implantaram este programa são as de maior tradição de qualidade, ou seja, já haviam adotado outros programas de qualidade.

A implantação do Seis Sigma nas organizações tem o intuito de incrementar a qualidade por meio da melhoria contínua dos processos envolvidos na produção, de uma forma estruturada, considerando todos os aspectos importantes para o negócio.Essa metodologia também prioriza o aumento da rentabilidade, pois concentra muitos esforços na redução dos custos da qualidade e no aperfeiçoamento da eficiência e da eficácia de todas as operações que atendem às necessidades dos clientes. Os fatores-chave para o sucesso da implantação do Seis Sigma são:
  • Envolvimento e comprometimento da alta administração;
  • Habilidades de gerenciamento de projeto;
  • Priorização e seleção de projeto;
  • Revisões da documentação;
  • Foco no cliente.
As principais dificuldades na implementação do Seis Sigma são :
  • A pouca disponibilidade de funcionários para a realização de treinamentos e estudos, dentre outras atividades;
  • A complexidade das operações realizadas;
  • Os treinamentos internos, já que para o Seis Sigmas são muito mais complexos do que para a maioria dos outros programas de qualidade;
  • O manuseio das ferramentas da qualidade.
Dentre as principais facilidades que podem ser encontradas na implantação do Seis Sigma, tem-se:
  • Disponibilidade de recursos para diversos fins como, por exemplo, treinamentos, materiais didáticos, etc;
  • Apoio da direção das organizações;
  • Consultoria contratada para auxiliar na implantação;
  • Escolaridade dos colaboradores;
  • Programas de computador para apoio e a confecção de documentos.
Ao aplicar o Seis Sigma numa organização, é feito um intensivo uso de ferramentas para a identificação, análise e solução de problemas, com ênfase na coleta e tratamento de dados e  suporte administrativo. O diferencial do Seis Sigma está na forma de aplicação estruturada dessas ferramentas e procedimentos e na sua integração com as metas e os objetivos da organização como um todo, fazendo com que a participação e o comprometimento de todos os níveis e funções da organização se torne um fator-chave para o êxito de sua implantação. Também atuam como fatores-chave o compromisso da alta administração, uma atitude pró-ativa dos envolvidos no programa, e sistematização na busca da satisfação das necessidades e dos objetivos dos clientes e da própria organização.
Além disso, o Seis Sigma prioriza a escolha do pessoal que irá se envolver na implantação e aplicação do programa de forma criteriosa, além do treinamento e da formação das equipes para a seleção, implementação, condução e avaliação dos resultados obtidos com os projetos executados, que são a base de sustentação do programa.
Em suma, dentre as principais alterações que o Seis Sigmas provoca após sua implementação, cita-se :
  • Maior qualidade dos produtos e serviços;
  • Ganhos financeiros.
Além disso, observa-se que as organizações que adotam o Seis Sigma, em sua maioria, utilizam as denominações presentes na literatura para que os integrantes do programa e a maioria dos funcionários possuam curso superior completo ou pós-graudação. Salienta-se ainda sua alta aplicabilidade a toda e qualquer indústria, seja de bens duráveis, quanto a alimentícia, alimentos em geral.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

A Indústria de Alimentos e sua Segurança Alimentar : APPCC

No intuito de apresentar os segredos da engenharia de produção, eis que nos deparamos com uma das diversas técnicas de gerenciamento da produção que não estudamos na universidade, trata-se da Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle” , ou simplesmente "APPCC", cuja a nomeclatura em inglês, HACCP, Hazard Analysis of Critical Control Point. Consiste em um programa criado pela Pillsbury Company em 1959 para cumprir as exigências da Agência Espacial Norte-americana(NASA), com vistas ao fornecimento de alimentos aos tripulantes de viagens espaciais. Dentre as preocupações que tinha durante o "boom" das viagens espaciais em plena guerra fria, uma delas era que com alimentos que produzem migalhas, o que em uma nave com situação de gravidade zero, pode acabar provocando acidentes e, com o perigo de intoxicação de algum tripulante em órbita, o que também poderia ter complicações graves.
Superficialmente, o primeiro problema foi fácil de resolver apenas com algumas adaptações no tamanho e embalagem dos produtos. Mas quanto ao problema de contaminação o Dr. Howard Bauman, da Pillsbury, constatou que o tradicional método de amostragem usado pela qualidade não era suficiente, o que pôde ser comprovado estatisticamente. Assim, a Pillsbury tentou adaptar vários sistemas de controle de falhas ao seu processo, até que conseguiram. Ele e sua equipe, conseguiram adaptar o conceito de “modos de falha”, até então usado pelos laboratórios nacionais do exército norte-americano. O método baseia-se na identificação de pontos do processo de produção/processamento dos alimentos onde podem ocorrer falhas que podem propiciar a contaminação dos mesmos. Ou seja, a identificação dos “perigos potenciais” em pontos específicos do processo possibilita o controle sobre estes pontos (que passaram a chamar-se “Pontos Críticos de Controle”) passíveis de falha. Desta forma, se algum ponto demonstrar algum desvio, ou que está fora de controle, significa que a segurança do produto pode estar comprometida.
Assim surgiu o HACCP, ou APPCC, que objetiva identificar todos os fatores associados à matéria-prima, ingredientes, insumos e processo com o intuito de garantir a inocuidade do produto final até sua chegada ao consumidor.
Apartir de 1989, o APPCC já tinha definidos seus 7(sete) passos de aplicação conforme abaixo:

1. Identificação dos perigos de contaminação e avaliação de sua severidade;
2. Determinação dos PCC’s (pontos críticos de controle);
3.Instituir medidas e estabelecer critérios para assegurar o controle do processo/processamento;
4. Monitorar os pontos críticos de controle;
5. Estabelecer um sistema de arquivos e registro de dados;
6. Agir corretivamente sempre que os resultados do monitoramento indicarem que os critérios não estão sendo seguidos;
7. Verificar se o sistema está funcionando como planejado.


Linha de Envase de Refrigerante de Baixa Caloria

Linha da Embalagem de Refrigerante

A Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ainda pode ser conceituada como plataforma principal para a legislação internacional e as boas práticas de fabricação para todos os setores da indústria alimentícia. APPCC também é forma um componente chave para algumas normas de conformidade certificadas, e é reconhecida como um elemento principal para o comércio internacional de produtos alimentícios.

Em meados de 2009, o programa "Crescendo de A a Z", produzido pela TV Ponta Negra, retransmissora do SBT, exibiu uma boa reportagem sobre fabricação de refrigerante feita pelo fabricante DORE, de Natal-RN. Conforme abaixo:



Como se faz refrigerante ?

Em suma, a APPCC é uma ferramenta de gestão de risco e produção reconhecida internacionalmente para o uso na gestão proativa de temas ligados à segurança de alimentos. Especificamente, acerca das fotos e video acima postados, o sistema de APPCC ajuda o gestor desta produção a focar em perigos que afetam a segurança de alimentos através da identificação de perigos e a estabelecer limites críticos de controle para os pontos críticos durante o processo de produção. Salienta-se ainda sua importância  para todos os setores da indústria de alimentos, incluindo produtores primários, fabricantes, processadores e prestadores de serviços alimentares, que precisam demonstrar sua conformidade com os requisitos legais nacionais ou internacionais de segurança alimentar.


terça-feira, 2 de novembro de 2010

Teoria Motivacional : Hierárquia das necessidades de Maslow

Durante minha vida acadêmica, muitos foram os desafios e em 2007, após superar as disciplinas básicas da engenharia, enfim pude ter aulas das disciplinas mais específicas da Engenharia de Produção. Era uma terça-feira, por volta das 22h e depois de um exaustivo dia de trabalho e aulas na universidade, se aproximava a hora tão esperada de ir para casa e descansar para enfrentar mais uma maratona no dia seguinte. Nesta ocasião, o professor André Clementino, adentrou em minha sala de aula para dar a última aula dequele dia e nos apresentou as teorias motivacionais, dentre as quais a incrível “Hierarquia de necessidade de Maslow”. Dotada de conceitos simples e absolutamente aplicáveis a vida real, julgo esta teoria como a mais próxima da realidade. Segundo o cientista e psicologo norte-americano Abraham Maslow(1908-1970), sua teoria consiste em uma divisão hierárquica, em que as necessidades de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Cada um tem de "escalar" uma hierarquia de necessidades para atingir a sua auto-realização. Ele define um conjunto de 5 (cinco) necessidades descritas na pirâmide, conforme abaixo:
1.Necessidades fisiológicas (básicas), tais como a fome, a sede, o sono, o sexo, a excreção, o abrigo;
2. Necessidades de segurança, que vão da simples necessidade de sentir-se seguro dentro de uma casa a formas mais elaboradas de segurança como um emprego estável, um plano de saúde ou um seguro de vida;
3. Necessidades sociais ou de amor, afeto, afeição e sentimentos tais como os de pertencer a um grupo ou fazer parte de um clube;
4. Necessidades de estima, que passam por duas vertentes, o reconhecimento das nossas capacidades pessoais e o reconhecimento dos outros face à nossa capacidade de adequação às funções que desempenhamos;
5. Necessidades de auto-realização, em que o indivíduo procura tornar-se aquilo que ele pode ser: "What humans can be, they must be: they must be true to their own nature!" (Tradução: "O que os humanos podem ser, eles devem ser: Eles devem ser verdadeiros com a sua própria natureza).
É neste último patamar da pirâmide que Maslow considera que a pessoa tem que ser coerente com aquilo que é na realidade "... temos de ser tudo o que somos capazes de ser, desenvolver os nossos potenciais".
Graficamente, esta a "Pirâmide" representa a nossa vida e suas fases ao longo dela, ressaltando que a 3ª camada, em vias normais, chegará a vida do ser humano até seus 28 anos de idade, em média.

   
Para a vida pessoal, reflita. Para a Engenharia de Produção, deverá ser aplicada como ferramenta organizacional focada na gestão de pessoas. Entendendo-as em cada fase de sua vida, têm-se um indicador de como utilizar melhor os recursos humanos nas situações que se apresentem. Em diversas situações lidamos com funcionários com baixo rendimento, mas de bom conhecimento técnico. Desta forma, não vale a pena simplesmente transferí-lo de setor ou mesmo desligá-lo e sim, procurar entender o que realmente está ocorrendo com ele para que isso o motive a superar as dificuldades e melhorar seu desempenho.
Em suma, a teoria de "Hierárquia das necessidades de Maslow" apresenta-se como uma excelente ferramenta motivacional. Com base nela, é possivel entender certos aspectos do ser humano e criar alternativas de aumento de produtividade e melhorias contínuas.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Será o fim das Fábricas de Confecção de Vestuário em Malha?

Como profissional atuante em indústrias de confecção, não poderia deixar de comentar sobre a reportagem exibida pelo programa jornalístico FANTÁSTICO, da rede globo, exibido ontem 17/10/2010, em que um cientista espanhol estudioso de moda criou um spray de tecido capaz de criar diversos tipos de roupas diretamente no corpo do usuário ou em moldes(manequins). Segundo ele, este invento entrará no mercado mundial em breve e no Brasil, deverá custar somente R$ 17,00(dezessete reais) e, de certo, irá ser um duro golpe das empresas que produzem vestuário cuja a matéria-prima seja os tecidos de malha principalmente. Apartir do momento em que o usuário terá a possibilidade de criar suas próprias camisetas, não haverá mais demanda para as malharias, podendo causar grandes impactos econômicos nos grandes pólos de confecção do mundo todo. Veja abaixo, a reportagem na íntegra:


Fantástico 17/10/2010 Espanhol cria spray que vira tecido em 15 minutos

Não resta a menor dúvida de que este é um invento excelente, mas dado este progresso, as indústrias de vestuário em malha deverão ter uma grande queda em sua demanda de produção, fazendo que busquem outros segmentos de produtos em que possam atuar. Talvez este seja um prognóstico pessimista e preciptado, mas não deixa de ser uma possibilidade com real que pode se concretizar ao longo de pelo menos 10(dez) anos, no caso do spray ser realmente colocado no mercado mundial já em 2011. O tempo será o dono da verdade.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Ranking dos 10(dez) Erros de Postura e Comportamento do Profissional de Engenharia de Produção

Sabe-se que para obter sucesso na carreira profissional, não basta o conhecimento técnico, mas também uma boa postura e comportamento ético e profissional. Atualmente, para muitos tal afirmação não é novidade, mas mesmo assim, não são poucos os que ainda cometem erros comportamentais no ambiente corporativo e acabam esquecendo que o conhecimento técnico não é a arma necessária para competir no voraz mercado de trabalho, pleiteando novas oportunidades, seja em sua atual empresa ou em outra. Para os Engenheiros de Produção, como qualquer outro, a imagem transmitida faz muita diferença. Ficam em vantagem aqueles que durante o processo de seleção, apresentam-se com uma imagem mais séria, madura e de liderança, principalmente nesta área, onde a grande maioria dos cargos ofertados é de chefia, cito encarregado, supervisor, coordenador, análista, gerente, dentre outros. Estar a frente de um processo produtivo, ou produção, requer grande seriedade e sensatez, como algumas das habilidades mais importantes que um bom engenheiro de produção requer para atuar, acrescentando-se a isso a gestão por resultados e  o conhecimento técnico adquirido durante o ensino superior e demais experiências profissionais. Pelo exposto, se deve policiar nossas atitudes e na maneira como se comporta no ambiente de trabalho, pois isso pode render ponto positivos, isto é, prestígio profissional. Para saber o que realmente "pega mal" no trabalho, efetuei pesquisas em sites especializados em recursos humanos, bem como conversei informalmente com alguns avaliadores de empresas paraenses, os quais enumeraram 10(dez) erros comportamentais e de postura mais cometidos por Engenheiros de Produção:

1. NÃO CUMPRIR PRAZOS DE PRODUÇÃO OU DE TAREFAS - quando um engenheiro de produção é contratado para gerir um processo produtivo, o que se espera é que ele tenha o conhecimento suficiente para saber quanto tempo a produção de um certo volume de itens requer e qualquer outro tipo de análise técnica também. Neste aspecto, os atrasos trazem perda de credibilidade.

2. NÃO SABER DOMINAR AS EMOÇÕES - quando se trabalha a frente de uma equipe, sempre existe uma ala de funcionários(em todos os niveis) contrária ao seu modelo de gestão. Por isso, não saber ser criticado ou se frusta com muita frequência, demonstra imaturidade e, portanto, incapacidade de administrar grandes responsabilidades, principalmente um cargo de liderança. Se você, engenheiro de produção, deseja subir na carreira, é imprescindível saber dominar suas emoções e lidar com as dos demais.
3. FALTA DE PONTUALIDADE AO TRABALHO,  REUNIÕES E EVENTOS - este aspecto fala da pontualidade que um líder necessita ter, principalmente quando se atua em empresas de cultura muito capitalista, isto é, as que são ferrenhas na necessidade de lucar sempre. Cumprir, os horários da empresa(capitalista), seja trabalho, reuniões ou eventos, é o mínimo que se espera de um bom profissional. Mesmos em situações em que seus superiores cultivem este mal exemplo. Não faça o mesmo, seja pontual!

4. TER UMA IMAGEM QUE DESTOA DA CULTURA DA EMPRESA - cotidianamente, o engenheiro de produção deve ter uma imagem que transmita credibilidade de acordo com a cultura da empresa. Se é engenheiro de produção, mas atua como engenheiro de segurança do trabalho,  deverá transmitir uma imagem de acordo com as normas de segurança muitas das vezes estabelecidas por ele mesmo. Nunca poderá cometer atos inseguros e deverá servir de exemplo no manuseio de equipamentos, ferramentas e materiais. Normalmente, sempre a frente de uma equipe de trabalho, não deve aparecer para trabalhar de piercing ou tatuagem à mostra, principalmente quando se trabalha em uma empresa muito tradicional, isto é, se o local de trabalho for uma fábrica instalada em um galpão e nele incida altas temperaturas, um conjunto de terno e gravata não se faz indicado.

5. SER UM MAL OUVINTE - quando alguém se dirige ao engenheiro de produção e este parece mais interessado em outras coisas, como celular ou no que esta fazendo em seu computador ou simplesmente não parece estar interessado na conversa, gera a impressão de imaturidade e desrespeito.

6. ESCREVER ERRADO EM DOCUMENTOS DA EMPRESA - no final do ensino médio, ao optarmos por engenharia de produção, da área de ciências exatas, são pelos mais diversos motivos, dentre os quais a inaptidão na área de ciências humanas. Refiro-me a lingua portuguesa, que ainda hoje é uma de nossas principais deficiências. Por este motivo, devemos ter o máximo de cuidado ao elaborar um documento corporativo, seja um simples memorando, ofício e principalmente uma ordem de produção ou de serviço. Especialistas dizem que já houve um caso de um gerente de produção ser demitido simplesmente porque eles julgaram temeroso ter alguém em um cargo tão alto que escrevesse "voceiz" ou invés de "vocês". Não transmita esta imagem de desleixado.

7. FALAR MAL DA EMPRESA E DE COLEGAS DE TRABALHO - o engenheiro de produção "vende", a todo o instante, sua credibilidade perante a empresa e o mercado de trabalho. Ninguem quer ter em seu quadro funcional, alguém que fique denegrindo a imagem da empresa direta ou indiretamente. Apesar de que todo o local de trabalho tenha coisas que discordemos, deve-se ser ético e agir profissionalmente.
8. DESRESPEITAR A CULTURA DA EMPRESA - cada organização tem uma cultura, expressa em suas normas, mas também indiretamente no comportamento de seus funcionários. O Engenheiro de Produção deve ser versátil, ou seja, adaptável ao ambiente antes de tentar mudar algo. Chegar na organização e já de cara questionar sua forma de ser péssimo para a imagem do profissional.

9. TRATAR COM DESCUIDO AS FERRAMENTAS E MATERIAIS SOB SUA RESPONSABILIDADE - danificar computadores, mobília ou outras estruturas da empresa por descuido, demonstra que o profissional não entende que a empresa possui um custo esperado para suas operações e que aumentá-lo diminiu os resultados.

10. NÃO DEMONSTRAR INTERESSE EM PROGREDIR - o maior dos erros, eu diria. As organizações e o engenheiro de produção atuam para obter melhorias contínuas. Um profissional satisfeito com o cargo que ocupa e não faz nada para aprimorar-se, adquirir novos conhecimentos e competencias, fica em desacordo com este propósito, sendo prejudicial a sua imagem.

Observo que muitas desta atitudes acontecem e passam completamente desapercebidas no dia-a-dia. A rotina intensa e a desatenção fazem com que muitos seja avaliados negativamente, o que em alguns casos só gera problemas depois de algum tempo repetindo os mesmos erros. 

Por isso, como estratégia de sobrivivência profissional, esteja sempre em alerta com às suas ações, não deixe que as funções e a sobrecarga façam de você um profissional relapso e desatencioso com suas responsabilidades e atitudes no ambiente corporativo.
   

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Júlio César, Alexandre(O Grande) e Napoleão Bonaparte: Grandes Conquistadores da História e Especialistas em Logística

Outra das áreas mais importantes para o engenheiro de produção é a Logística, a qual é a área da gestão responsável por prover recursos, equipamentos e informações para a execução de todas as atividades de uma organização. Fundamentalmente, ela possui uma visão organizacional holística, onde esta administra os recursos materiais, financeiros e pessoais, onde exista movimento na empresa, gerenciando desde a compra e entrada de materiais, o planejamento de produção, o armazenamento, o transporte e a distribuição dos produtos, monitorando as operações e gerenciando informações. Pouca gente sabe, mas a logística tem grande presença na história geral, pois seus métodos ajudaram grandes personalidades históricas a adquirir notoriedade até os dias atuais. Veja o video abaixo, digno de ser exibido pelo canal a cabo History Channel:

Fonte: site youtube

"Este vídeo é excelente para faculdades e empresas na área de Logística, ótimo para palestras específicas da área. Consiste em um um trabalho para faculdade realizado pelo locutor Eduardo Santos."

Dedique apenas 5(cinco) minutos de sua vida para descobrir que um dos segredos que levavam as grandes conquistas de Júlio Cesar, Alexandre e Napoleão Bonaparte, hoje é tida por muitos estudiosos, como uma "ciência" das mais aplicáveis ao mundo atual e para as gerações futuras, seja com foco militar ou industrial. 

O que é "MRP" e como se calcula?

Consiste em uma das ferramentas mais importantes do PCP - Planejamento e Controle da Produção. A sigla "MRP", vem do inglês Manufacturing Resource Planning, que em portugês pode ser traduzido como "Planejamento dos recursos de manufatura" é definido por APICS (Association for Operations Management), como um método para o efetivo planejamento de todos os recursos de manufatura de uma companhia industrial. Idealmente, ele contempla o planejamento operacional em unidades, o planejamento financeiro na moeda do país, tem a capacidade de simulações para responder questões “o que acontece-se” e extensão do ciclo fechado do “Planejamento de Necessidades de Materiais” não é exclusivamente uma aplicação de software, mas um casamento de competências pessoais, dedicação à exatidão da base de dados e recursos computacionais. Ele é um conceito de gerenciamento total de uma companhia para utilizar os recursos humanos mais produtivamente. O professsor Carlos Eduardo Corrêa Colina(professor IEPG/UNIFEI), possui um video explicativo postado no site http://www.youtube.com/, o qual é dividido em 2(duas) partes, sendo um dos melhores, senão o melhor para explicar a dinâmica do MRP. Veja o video abaixo:




Informações sobre os vídeos:

Cálculo MRP (Planejamento das Necessidades de Materiais) através de exemplo gravado por Carlos Eduardo Corrêa Molina (professor IEPG/UNIFEI).

Apesar de concordar com a eficácia do MRP, deve-se deixar um alerta aos profissionais que o utilizem, já que ele precisa ser adaptado a cada situação. Na prática, ele só é indicado para as produções em larga escala de um mesmo produto ou família. Quando se trata de uma produção sobre encomenda, o MRP deve ser aplicada com muito cuidado, pois com uma grande variedade de produtos, sua elaboração, acompanhamento e controle se torna uma tarefa das mais trabalhosas. Porém, com o passar do tempo, o MRP teve de evoluir e hoje temos o MRP II, objeto de postagem futura.

Área 1 - ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO

Para melhor compreender a principal área da engenharia de produção, veja o video abaixo, retirado do site "youtube", do link http://www.youtube.com/watch?v=wV1Rw1jZw8c :




Observa-se que a grande sacada do PCP é a integração entre os setores da empresa. Para que ele funcione bem, deve haver considerável comprometimento dos setores de produção, estoque, compras e venda, pois existe uma dependência de atividades entre si.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Automação Industrial : Noção Básica

Após apresentarmos as áreas especificas da engenharia de produção, não se pode deixar de salientar as demais áreas de estudo, a nivel secundário, pois não são menos importantes que as especificas. Em uma unidade fabril, dependendo do produto, seu processo produtivo pode requerer uma tecnologia de produção mais complexa. Neste ponto, temos a Automação como ferramenta principal. Para fins de entendimento, elaborei o esquema abaixo:



Autor: Bruce Corrêa, Engenheiro de Produção, 2009

Vamos pensar em termos de produção. Imaginemos o processo produtivo da bola adidas JABULANI da Copa 2010. Logo no inicio do video, temos uma esteira automática que leva as bolas semi-acabadas ao processo seguinte, mas antes elas passam por um sensor previamente programado para alimentar o banco da dados do sistema de produção da fábrica e assim, informar em tempo real o andamento da produção. Tal operação, segue o esquema acima, isto é, configura-se como um processo totalmente automatizado.

Engenharia de Produção : Matriz de Conhecimento

Segundo a ABEPRO – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO, existem 10(dez) áreas de conhecimentos a serem exploradas por estudantes de graduação e profissionais já atuantes em mercado, conforme abaixo:

1. ENGENHARIA DE OPERAÇÕES E PROCESSOS DA PRODUÇÃO: Refere-se aos projetos, operação e melhorias dos sistemas que criam e entregam os produtos e serviços primários da empresa.

1.1. Gestão de Sistemas de Produção e Operações;
1.2. Planejamento, Programação e Controle da Produção;
1.3. Gestão da Manutenção;
1.4. Projeto de Fábrica e de Instalações Industriais: organização industrial, layout/arranjo físico;
1.5. Processos Produtivos Discretos e Contínuos: procedimentos, métodos e seqüências;
1.6. Engenharia de Métodos.

2. LOGÍSTICA: Refere-se às técnicas apropriadas para o tratamento das principais questões envolvendo o transporte, a movimentação, o estoque e o armazenamento de insumos e produtos, visando a redução de custos, a garantia da disponibilidade do produto, bem como o atendimento dos níveis de exigências dos clientes.

2.1. Gestão da Cadeia de Suprimentos;
2.2. Gestão de Estoques;
2.3. Projeto e Análise de Sistemas Logísticos;
2.4. Logística Empresarial;
2.5. Transporte e Distribuição Física;
2.6. Logística Reversa.

3. PESQUISA OPERACIONAL: Refere-se à resolução de problemas reais envolvendo situações de tomada de decisão, através de modelos matemáticos habitualmente processados computacionalmente. Esta sub-área aplica conceitos e métodos de outras disciplinas científicas na concepção, no planejamento ou na operação de sistemas para atingir seus objetivos. Procura, assim, introduzir elementos de objetividade e racionalidade nos processos de tomada de decisão, sem descuidar dos elementos subjetivos e de enquadramento organizacional que caracterizam os problemas.

3.1. Modelagem, Simulação e Otimização;
3.2. Programação Matemática;
3.3. Processos Decisórios;
3.4. Processos Estocásticos;
3.5. Teoria dos Jogos;
3.6. Análise de Demanda;
3.7. Inteligência Computacional.

4. ENGENHARIA DA QUALIDADE: Área da engenharia de produção responsável pelo planejamento, projeto e controle de sistemas de gestão da qualidade que considere o gerenciamento por processos, a abordagem factual para a tomada de decisão e a utilização de ferramentas da qualidade.

4.1. Gestão de Sistemas da Qualidade
4.2. Planejamento e Controle da Qualidade
4.3. Normalização, Auditoria e Certificação para a Qualidade
4.4. Organização Metrológica da Qualidade
4.5. Confiabilidade de Processos e Produtos

5. ENGENHARIA DO PRODUTO: Esta área refere-se ao conjunto de ferramentas e processos de projeto, planejamento, organização, decisão e execução envolvidos nas atividades estratégicas e operacionais de desenvolvimento de novos produtos, compreendendo desde a fase de geração de idéias até o lançamento do produto e sua retirada do mercado com a participação das diversas áreas funcionais da empresa.

5.1. Gestão do Desenvolvimento de Produto
5.2. Processo de Desenvolvimento do Produto
5.3. Planejamento e Projeto do Produto

6. ENGENHARIA ORGANIZACIONAL: Refere-se ao conjunto de conhecimentos relacionados com a gestão das organizações, englobando em seus tópicos o planejamento estratégico e operacional, as estratégias de produção, a gestão empreendedora, a propriedade intelectual, a avaliação de desempenho organizacional, os sistemas de informação e sua gestão, e os arranjos produtivos.

6.1. Gestão Estratégica e Organizacional;
6.2. Gestão de Projetos;
6.3. Gestão do Desempenho Organizacional;
6.4. Gestão da Informação;
6.5. Redes de Empresas;
6.6. Gestão da Inovação;
6.7. Gestão da Tecnologia;
6.8. Gestão do Conhecimento.

7. ENGENHARIA ECONÔMICA: Esta área envolve a formulação, estimação e avaliação de resultados econômicos para avaliar alternativas para a tomada de decisão, consistindo em um conjunto de técnicas matemáticas que simplificam a comparação econômica.

7.1. Gestão Econômica;
7.2. Gestão de Custos;
7.3. Gestão de Investimentos;
7.4. Gestão de Riscos.

8. ENGENHARIA DO TRABALHO: É a área da Engenharia de Produção que se ocupa com o projeto, aperfeiçoamento, implantação e avaliação de tarefas, sistemas de trabalho, produtos, ambientes e sistemas para fazê-los compatíveis com as necessidades, habilidades e capacidades das pessoas visando a melhor qualidade e produtividade, preservando a saúde e integridade física. Seus conhecimentos são usados na compreensão das interações entre os humanos e outros elementos de um sistema. Pode-se também afirmar que esta área trata da tecnologia da interface máquina – ambiente – homem – organização.

8.1. Projeto e Organização do Trabalho;
8.2. Ergonomia;
8.3. Sistemas de Gestão de Higiene e Segurança do Trabalho;
8.4. Gestão de Riscos de Acidentes do Trabalho.

9. ENGENHARIA DA SUSTENTABILIDADE: Refere-se ao planejamento da utilização eficiente dos recursos naturais nos sistemas produtivos diversos, da destinação e tratamento dos resíduos e efluentes destes sistemas, bem como da implantação de sistema de gestão ambiental e responsabilidade social.

9.1. Gestão Ambiental;
9.2. Sistemas de Gestão Ambiental e Certificação;
9.3. Gestão de Recursos Naturais e Energéticos;
9.4. Gestão de Efluentes e Resíduos Industriais;
9.5. Produção mais Limpa e Ecoeficiência;
9.6. Responsabilidade Social;
9.8. Desenvolvimento Sustentável.

10. EDUCAÇÃO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO: Refere-se ao universo de inserção da educação superior em engenharia (graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão) e suas áreas afins, a partir de uma abordagem sistêmica englobando a gestão dos sistemas educacionais em todos os seus aspectos: a formação de pessoas (corpo docente e técnico administrativo); a organização didático pedagógica, especialmente o projeto pedagógico de curso; as metodologias e os meios de ensino/aprendizagem. Pode-se considerar, pelas características encerradas nesta especialidade como uma “Engenharia Pedagógica”, que busca consolidar estas questões, assim como, visa apresentar como resultados concretos das atividades desenvolvidas, alternativas viáveis de organização de cursos para o aprimoramento da atividade docente, campo em que o professor já se envolve intensamente sem encontrar estrutura adequada para o aprofundamento de suas reflexões e investigações.

10.1. Estudo da Formação do Engenheiro de Produção;
10.2. Estudo do Desenvolvimento e Aplicação da Pesquisa e da Extensão em Engenharia de Produção;
10.3. Estudo da Ética e da Prática Profissional em Engenharia de Produção;
10.4. Práticas Pedagógicas e Avaliação dProcesso de Ensino-Aprendizagem em Engenharia de Produção;
10.5. Gestão e Avaliação de Sistemas Educacionais de Cursos de Engenharia de Produção.
Diante do exposto, constata-se que a engenharia de produção possibilita um grande leque de opções e oportunidades profissionais, pois sua área de estudo específico é muito extensa e abrangente, sendo quantitativa e generalista. Diferentemente de outras engenharias que atuam com foco mais especifico. Atualmente, o mercado requer engenheiros com habilidades técnicas e também gerenciais, perfil este que se enquadra perfeitamente ao engenheiro de produção.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Oportunidades e Desafios na Carreira

Segue um interessante video sobre engenharia de produção, feito por um grupo de universitários do sul do país, ele mostra pontos importantes que devemos seguir para nos mantermos competitivos no mercado de trabalho.


A TV Pitágoras é um projeto acadêmico que utiliza todos os recursos da técnica profissional para desenvolver reportagens com alunos de Jornalismo. Os temas são variados, mas o ponto de partida sempre é o universo acadêmico. Esta reportagem de Amanda Belga, na TV Pitágoras, revela a formação do engenheiro de produção, as oportunidades que ele tem de atuar no mercado e os desafios da profissão.
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