quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Engenharia de Métodos e Processos Produtivos : Definição e Objetivos - Parte 1

Aqui inicio uma série de 9(nove) postagens sobre uma das matrizes curriculares mais importantes ao engenheiro de produção. Espero que seja de valia aos mesmos, como referencial teórico a futuras aplicações.

Conceitualmente, a Engenharia de Métodos e Processos Produtivos consiste em um estudo sistemático dos sistemas de trabalho. Conforme minha experiência profissional em indústrias de confecção e madeireiras, destaco que esta ferramente possui 4(quatro) objetivos básicos:

a- Desenvolver o sistema e o método preferido, usualmente aquele de menor custo;
b- Padronizar esse sistema e método;
c- Determinar o tempo gasto por uma pessoa qualificada e devidamente treinada, trabalhando em um ritmo normal, afim de executar uma tarefa ou operação específica;
d- Orientar o treinamento do trabalhador no método preferido.

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

O Mercado de Trabalho segundo Waldez Ludwing

De certo que pode considero um descobridor de coisas na internet e mesmo na TV. Dentre tantos materiais ruins, eis que me deparo com uma entrevista dada pelo psicólogo e consultor de carreiras Waldez Ludwing aos programas Sem Censura(TV Cultura) e programa do Jô(TV Globo). Em ambas, ela dá uma verdadeira aula sobre mercado que trabalho, a qual servirá não somente aos profissionais de engenharia, mas como a todos, pois suas orientações são feitas em linhas gerais, veja as entrevistas abaixo:

Sem Censura - Parte 1


Sem Censura - Parte 2


Sem Censura - Parte 3


Programa do Jô - Parte 1



Programa do Jô - Parte 2


Programa do Jô - Parte 3

Feliz Natal

Venho através desta postagem, desejar um feliz natal a todos e que tenham seus projetos de vida realizados em 2011, com muita paz e prosperidade acima de tudo. Aproveito também, para agradecer a Deus pelo excelente ano que tive, pois em 2010 eu me formei, ingressei em uma pós-graduação e tive o devido reconhecimento pelo meu trabalho de gestor de produção da Fábrica Esperança. Entretanto, a batalha continua. Novos desafios virão pela frente, mas eu sei que Deus está comigo, assim como minha esposa Paula Esther, minha mãe Rosária, minha irmã Juliane e minha avó Maria. Juntos conseguiremos a vitória porque somos dignos e trabalhamos muito por ela.
Portanto, tenham todos um feliz natal e acima de tudo : OBRIGADO!

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Engenharia de Segurança do Trabalho : Análise Preliminar de Risco - APR(3ªPARTE) FINAL

Conforme postagens anteriores, a Análise Preliminar dos Riscos(APR) ou Análise de Risco(AR) consiste em um documento, onde são registrados todos os perigos e riscos inerentes, a determinado tipo de atividade e suas devidas proteções e serem providenciadas, objetivando a minimização ou eliminação destes risco e perigos da atividade ou serviço. Para que tenha maior eficácia, recomendo os seguintes cuidados:

a- Deve ser planejada com antecedência de tempo mínimo necessárias, com data e horário da execução da atividade;


b- Os responsáveis pela elaborações devem ser os componentes do setor de engenheria de segurança do trabalho, que possuam o pleno conhecimento do mecanismo de funcionamento desta atividade. Ressalta-se ainda que o formulário deverá conter a assinatura do engenheiro responsável pela aprovação;

c- Qualquer alteração da atividade e/ou pessoal executante, esta deverá ser devidamente registrada na APR, que deverá ser divulgada e mantida em local de fácil acesso até a execução do serviço e depois arquivada.

Entretanto, existem outras técnicas de análise de risco, como a  Série de Riscos; - Técnica de Acidentes Críticos; - Análise de Árvore de Falhas, porém, a técnica mais prática e que atende a NR-01 na análise de riscos de serviços é a Técnica -ANALISE PRELIMINAR DE RISCO que tem por objetivo: o VER, o PENSAR e o AGIR, diante de uma situação de risco/perigo.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Engenharia de Segurança do Trabalho : Análise Preliminar de Risco - APR(2ªPARTE)

Ainda sobre o "APR", faço esta postagem com base em minha vivência na área de engenharia de segurança e em minha opinião crítica sobre a forma como esta ferramenta tem sido utilizada. Se na 1ªParte, a abordagem foi teórica, me reservo o direito de expressar minha opinião sobre o surto de crescimento do Brasil da Segurança no Trabalho. Sem dúvida, é um grande avanço termos a possibilidade de preservar a integridade de nossos trabalhadores. Mesmo que seja somente por imposição jurídica, temos um aumento na demanda de pessoas que desejam ingressar na área de segurança do trabalho, pois há muito campo de trabalho. Foco, especialmente a construção civil, em que nossa capital(Belém-PA), tem uma grande quantidade de obras em andamento, o que fez com que de uma hora para outra surgisse uma grande quantidade de vagas na área de Segurança do Trabalho e infelizmente isso ocorreu muito mais por exigência contratual das grandes organizações e juridica, do que pela consciência das organizações que executam as atividades de construção. Sem esta tal consciência, muitas empresas de construção civiç contratam profissionais sem grande experiência e pior, sem noção dos riscos aos quais um trabalhador da construção civil fica exposto diariamente e nem da responsabilidade do Engenheiro de Segurança. Proceder assim, aparenta uma política de redução de custos. Entretanto, esta escolha pode custar caro, uma vez que o critério de escolha diante do risco da atividade é algo que pode e deve ser levado em conta nas possiveis ações judiciais decorrentes de acidentes de trabalho. Nesta situação, insiste a necessidade de um grande contingente de profissionais de Engenharia de Segurança do Trabalho, mas daqueles deverão atentar ao fato de que em seu cotidiano, deverão cumprir as exigências básicas de programas e documentos que este tipo de atividade exige. Um conselho, é ter boa comunicação, pois assim pode-se entender o porquê e como se faz certas coisas, isto é, deve-se compreender o processo, dissecá-lo totalmente. Neste ponto, aqueles com formação em engenharia de produção levam vantagem. Como os engenheiros de produção ainda são minoria, os demais chegam a se limitar simplesmente ao pobre ato de copiar.
Simplesmente, existem profissionais que copiam documentos de modo a agir negligentemente ao não efetuar as análises que a atividade requer. Na construção civil, uma das ferramentas da Segurança do Trabalho, é o PCMAT, onde tudo começa.Alguns o confundem, já que é parecido com um trabalho escolar(citações, figuras), sem notar que trata da vida e saúde de pessoas. Um bom PCMAT é aquele que tem haver com a realidade daquela obra a qual ele se refere e que acima de qualquer outra coisa contem os seguintes pontos principais:

1.  RISCOS;
2. CONSEQUENCIAS;
3. MEDIDAS DE CONTROLE.

Sendo que estes versam sobre cada atividade que ali vai ser realizada. Sem isso, o PCMAT perde em serventia. No entanto, o maior problema está um pouco mais adiante, situa-se na Análise Preliminar de Riscos – APR,  que costumo dizer aos meus amigos é algo assim como o “receituário” do profissional do SESMT e como tal pode produzir bons resultados se for bem feito ou grandes problemas se for feito por fazer.

Independente do modelo, do formato ou do tipo de papel que se usa, a grande finalidade de uma APR é primeiro ser a guia para uma analise completa dos possíveis riscos que esta ou aquela atividade terão. Este exercício de analise possibilitará então que mediante cada perigo identificado seja definida uma ou mais ações que o mantenham sob controle e que assim permitam a realização da atividade sem que isso implique em risco para a vida das pessoas. Em um segundo momento, a mesma APR será então algo como um procedimento de trabalho para aquela atividade que servirá como orientação para que as atividades ocorram dentro de padrões pelo menos mínimos de segurança. E ainda, em um terceiro momento – que ninguém deseja mas que infelizmente ocorre – será o documento de referencia para em um caso de acidente entender com facilidade e rapidez em qual das fases – ou qual falha – levou a ocorrência do acidente.
Embora possa parecer simples elaborar uma APR adequada – qualquer pessoa com um pouco mais de conhecimento em nossa área sabe que isso é uma inverdade, até porque uma boa APR começa pela capacidade de reconhecimento de perigos e só se será adequada se quem estiver elaborando souber definir meios de segurança adequados e eficazes e compatíveis com a legislação em vigor. Vale lembrar mais uma vez que um APR mal elaborada pode matar pessoas.
Diante disso é preciso que nossos colegas de trabalho entendam por exemplo que aquilo que estiver escrito em uma APR deve retratar a real possibilidade de execução e que qualquer coisa contrária isso pode causar grandes problemas. Assim, não basta escrever por exemplo que é obrigação do trabalhador prender o cinto quando na verdade no local nem mesmo foi instalado um cabo para esta finalidade. Assim, não tem qualquer utilidade que na APR existe a obrigação de isolar determinada área quando nem mesmo há disponibilidade de meios para tanto naquela obra. Quando fatos assim ocorrem fica claro que não houve planejamento de segurança e sim a mera emissão de um papel para se livrar de alguma obrigação. Isso não é correto do ponto de vista técnico, ético e muito menos jurídico. APR é coisa séria. Através dela o trabalhador deve ser clara e amplamente orientado das ações que deve adotar em cada fase do trabalho para que não ocorram acidentes. Através dela também os responsáveis pelas equipes devem conhecer suas obrigações para que aquela atividade ocorra com segurança.
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