Em linhas gerais, nada mais é do que a ferramenta da engenharia industrial de produção que permite a continuidade dos processos produtivos  na indústria. Basicamente, controla a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos  recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi  previsto no tempo e quantidade certa e com os recursos corretos. Em  resumo, o PCP trata dados de diversas áreas, transforma-os em  informações, suporta à produção para que o produto seja entregue na data  e quantidade solicitada.Podemos dizer que o PCP estará pronto quando forem respondidas as seguintes questões:
 
1° O que produzir?
 
2° Quanto produzir?
 
3° Onde produzir?
 
4° Como produzir?
 
5° Quando produzir?
 
6° Com o que produzir?
 
7° Com quem produzir?
 
Configurado o processo de produção, o PCP irá criar uma carta mapa, documento denominado plano mestre de produção (PMP), o qual é a diretriz de produção. Trata-se do conjunto de atividades da administração da produção  relacionadas à alocação eficaz e eficiente dos recursos de produção da  organização (materiais, máquinas, equipamentos e pessoas) para a  produção dos bens e serviços demandados pelos clientes. Historicamente, com o desenvolvimento da administração científica, as  funções de planejamento e controle da produção, antes exercidas de  forma empírica pelos supervisores de produção, passaram a ser  centralizadas em um setor específico da fábrica, usualmente  denominado PCP.
 
Em geral, o setor de PCP dedica-se as atividades mais  operacionais como a programação da produção, controle de estoques  (matérias-primas, em processo e produtos acabados), emissão e controle  de ordens de produção, entre outras atividades do dia-a-dia da produção.
 
Entretanto, a atividade de planejamento não se limita ao nível  operacional. No nível tático-estratégia, a gerência de produção toma  decisões de médio e longo prazo que incluem decisões sobre a aquisição  de equipamentos e máquinas, contratação de pessoas, administração de  materiais e fornecedores, com base em previsões atualizadas de demanda.  Este processo de decisão, atualmente denominado Planejamento de  Operações e Vendas (POV), envolve, além da Produção, outras áreas da  empresa, especialmente as áreas de Vendas e Financeiro.
 
Do ponto de vista acadêmico, os conceitos e habilidades necessários  para o exercício da atividades de PCP são abordados em disciplinas  também denominadas Planejamento e Controle da Produção. No currículo de  uma disciplina típica de PCP, destacam-se os seguintes tópicos:
 
1. Previsão da Demanda: os métodos estatísticos e subjetivos de  previsão de demanda auxiliam os gerentes de produção no dimensionamento  da produção e dos recursos materiais e humanos necessários. Assume um papel ainda mais importante quando a empresa adota  uma estratégia de produção para estoque.
 
 
2. Planejamento da capacidade de produção: a partir da previsão  de demanda de médio e longo prazo e da análise da capacidade instalada,  determina-se a necessidade de adequação (aumento ou redução) da  capacidade de produção para melhor atender a demanda no médio e longo  prazo.
 
3. Planejamento agregado da produção (PAP): visa determinar a  estratégia de produção mais adequada para a empresa. No plano agregado,  estão as decisões de volumes de produção e estoque mensais, contratação  (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação,  contratos de fornecimento e serviços logísticos. Usualmente, o horizonte  de planejamento é anual com revisão mensal dos planos. Neste nível de  planejamento, as informações de demanda e capacidades são agregadas para  viabilizar a análise e tomada de decisão.
 
4.Programação mestra da produção (PMP): trata-se da  operacionalização dos planos de produção no curto prazo. No programa  mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, pessoas,  matérias-primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária  para suprir a demanda de determinado período. Nessa etapa, temos uma  definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques,  com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento  agregado, incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos  firmes e ordens abertas de produção e compras.
 
5.Programação detalhada da produção (PDP): é a operacionalização  propriamente dita no “chão da fabrica”. Define como a fábrica irá  operar no seu dia a dia. 
As atividades que envolvem a programação da  produção são: administração de materiais, seqüenciamento das ordens de  produção, emissão e liberação de ordens.
 
a)Administração de materiais: planeja e controla os estoques, defini o  tamanho dos lotes, a forma de reposição da matéria-prima e os estoques  de segurança.
 
b)Sequenciamento: é a determinação da sequência de execução das  operações de produção nas máquinas, visando minimizar atrasos,  ociosidades e estoques em processo.
 
c)Emissão de ordens: implementa o programa de produção emitindo a  documentação necessária para o inicio das operações e liberando-a quando  os recursos estiverem disponíveis.
 
Em sistemas de produção repetitiva (alto volume, baixa variedade), a  programação detalhada é orientada por regras mais simples e visuais como  os sistemas de produção puxada tipo Kanban. Por outro lado, em empresas  de produção intermitente (baixo volume, alta variedade), a atividade de  programação detalhada torna-se mais complexa, dificultando a  sincronização das operações para redução de custos, atrasos e tempos de  fluxo das ordens. Neste ambiente, a atividade de programação pode ser  apoiada em software específicos de programação da produção.
6. Controle da produção: é a última etapa do PCP e consiste no  acompanhamento dos processos produtivos a fim de verificar o andamento  da produção conforme o planejado, ou seja, verificar se o que foi  decidido no plano agregado, programa mestre e programação detalhada está  sendo realizado. A partir do apontamento da produção (tempos e  rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados dos processos  para utilização nas decisões futuras.