segunda-feira, 21 de março de 2011

Alternativas para os resíduos industriais

Segundo notícia divulgada em fevereiro pelo IBGE, a indústria paraense cresceu 13,5% em dezembro de 2010. Boa notícia para os índices econômicos, porém, como o setor gera resíduos compatíveis ao número da sua produção, a indústria se volta para desenvolver índices positivos no quesito socioambiental. Por isso, cada vez mais a são adotados processos regenerativos na produção brasileira.

Muitas empresas têm acompanhado a tendência do mercado e reciclado sobras de suas fabricações para atender a uma demanda cada vez maior de consumidores conscientes. De acordo com Deryck Martins, secretário executivo do Conselho Temático de Meio Ambiente, da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará), muitas organizações estão adotando a reciclagem de resíduos sem visar apenas o lucro. 'Alguns fatores como a legislação, o consumo consciente e a busca por uma produção socialmente responsável têm contribuído para a mudança de práticas das empresas', diz.

Seguindo o caminho de países europeus e do Estados Unidos, o Brasil promulgou em agosto do ano passado a Política Nacional de Resíduos Sólidos, registrada sob a Lei nº 12.305. Entre as exigências da legislação, os setores produtivos devem elaborar mecanismos para reaproveitar seus resíduos ou fazer o destino correto de acordo com o tipo de material a ser descartado. O processo de implementação da Política Nacional tem evoluído lentamente. No entanto, segundo Deryck Martins, os benefícios da reciclagem proporcionados para a indústria geram novas receitas, aumentando o ciclo de beneficiamento industrial.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 
 
Fonte : Portal ORM  em 21/03/2011 - 09h04



segunda-feira, 14 de março de 2011

Previnindo Riscos de Acidentes com a Teoria da Tripla Vetoração

Que o engenheiro de produção é diferenciado dos demais por possuir conhecimentos nas mais diversas habilitações da engenharia, todos sabemos. Entretanto, um outro engenheiro similar, seria o de segurança no trabalho, que por sua vez pode atuar em qualquer ramo de atividade onde esteja inserido o trabalhador. Diante disso, uma de suas principais ações a prevenção de riscos e para tal, dentro da área de construção civil temos a "Teoria da Tripla Vetoração", a qual é utilizada para otimizar um canteiro de obras, minimizando o fluxo de materiais e mão-de-obra, reduzindo assim os obstáculos de movimentação e desta forma contribuir indiretamente com a prevenção de acidentes de trabalho.

Para aplicá-la, sugiro os seguintes passos:

1º LOCAÇÃO DO PORTÃO PRINCIPAL DA OBRA;
2º APÓS SUA LOCAÇÃO, SURGEM 3(TRÊS) VETORES, CONFORME ABAIXO:
    a- Vetor de Material longitudinal ao portão;
    b- Vetor de alimentação diametralmente oposto ao vetor de materiais;
    c- Vetor Técnico-Administrativo perpendicular ao vetor de materiais.

Ao seguir este passo-a-passo, temos o seguinte layout de obra:


Legendas

1 - Silos de material graúdo : seixo, brita e areia;
2 - Tijolos;
3 - Armação de Ferro/Carpintaria;
4 - Refeitório;
5 - Sala Técnica;
6 - Almoxarifado;
7 - Vestiário/Banheiro.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Ergonomia Cognitiva e o Stress Ocupacional

Durante meus estudos e pesquisa para elaboração de meu TCC, aprofundei-me na ergonomia cognitiva e nela pude ter conhecimento sobre um dos males que classifico com agente propagador de riscos ergonomicos de acidentes de trabalho, lhes apresento o Stress Ocupacional, que por sua vez refere-se aos estímulos do ambiente de trabalho que exigem respostas adaptativas por parte do trabalhador e que excedem sua habilidade de enfrentamento (coping).
Tais estímulos são chamados de estressores organizacionais e a caracterização de um fenômeno de estresse depende da percepção do indivíduo em avaliar os eventos como estressores, portanto o cognitivo tem papel importante no processo que ocorre entre os estímulos potencialmente estressores e as respostas do indivíduo a eles, sendo capaz de perceber e avaliar demandas do trabalho como estressoras que excedendo a sua habilidade de enfrentamento causam no sujeito reações negativas a nível psicológico, fisiológico e comportamental. Um trabalhador que relata a existência de excesso de trabalho pode não considerá-lo como prejudicial, mas como positivo e estimulante, devido características situacionais e pessoais que interferem no julgamento do indivíduo.
Segundo os autores Seeger & Van Elderen (1996, p. 212-213), é resultante da percepção entre a discordância das exigências da tarefa e os recursos pessoais para cumprir as referidas exigências. Uma pessoa pode sentir esta discordância como desafio e, em conseqüência, reagir dedicando-se à tarefa; por outro lado, se a discordância for percebida como ameaçadora, então o trabalhador estará exposto a uma situação estressante negativa, que pode conduzi-lo a evitar a tarefa. Os elementos percebidos na situação de trabalho podem agir como estressores e podem conduzir a reações de tensão e estresse, precipitados pela ambigüidade e conflito de funções, incerteza a respeito do futuro no trabalho e outros, em que o sujeito perceba a potencialidade de confronto como insuficiente, então poderão produzir reações de estresse psicológico, físico e de conduta e, desta maneira conduzir eventualmente à doenças e ao absenteísmo.
A Dra.Susan Andrews (2003, p.59-60), pontua que o estresse é a resposta do corpo a qualquer mudança, seja ela boa e considerada excitante, assim como, as situações ruins e trágicas, sendo necessário à vida do ser humano não podendo nem devendo ser eliminado . O sistema nervoso funciona como a corda de um instrumento musical: deve estar suficientemente tensa para produzir um som, mas não tão tensa a ponto de arrebentar; portanto, é primordial um relativo nível de estresse para estímulo do desempenho máximo e utilização plena do potencial.
O eustress, em inglês, ou estresse bom mantém o indivíduo motivado, inspirado e produtivo, enquanto o distress, em inglês, ou estresse prejudicial pode levar o indivíduo a adoecer. Não se deve acabar totalmente com o estresse porque isso exporia o ser humano a inúmeros riscos, mas desenvolver habilidades para responder adequadamente a ele que sendo percebido como um desafio pode despertar o que há de melhor no ser humano.
Em linhas gerais, todo o engenheiro de produção e de segurança do trabalho deverá possuir a habilidade de gerir situações de stress ocupacional, visando o bom andamento das operações de produção e sob a óptica da saúde mental do trabalhador.

A Engenharia de Métodos e Processos Produtivos - Parte 3

Depois de termos o entendimento inicial sobre a engenharia de métodos e processos produtivos, definem-se 2(dois) paradigmas de produção, conforme quadro abaixo:

1. Produção em Massa:

- Produtos intensivos em M.O.D. não especializada;
- Alto volume de produção;
- Pouca variedade de produtos;
- Tempo maior de permanência no mercado;
- Menor exigência dos consumidores.

2. Produção "Enxuta":

- Produtos com uso intensivo de automação e M.O.I. especializada;
- Alto volume de customização;
- Alta variedade;
- Tempo curto de permanência no mercado;
- Consumidores cada vez mais exigentes.

Para aplicar qualquer uma das 2(duas) formas de produção, se faz necessárias mudanças nos projetos de postos de trabalho, conforme quadro abaixo:


Não é visto mais como uma tarefa restrita ao método de trabalho e sim como parte de um problema maior de obtenção de um desempenho superior do processo produtivo como um todo e intimamente relacionado com o projeto do produto e da fábrica.
Não é mais uma atribuição única e exclusiva de um dos departamentos especializados de tempos e métodos. Tratam-se de técnicas à disposição da equipe ou time que cuida daquele trabalho do processo ou da célula de trabalho.
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