Serigrafia : Produção Simples ou Complexa?

É bem verdade que todos nós possuimos peças de vestuário de estética conforme nosso padrão de qualidade. Diante de nossas exigências de consumidor, temos um tipo de produção industrial que contribui bastante com o atendimento de nossas necessidades. Esta produção é a Serigrafia, a qual consiste em um processo produtivo no qual a tinta é vazada pela pressão de um rodo ou puxador, mediante uma tela preparada ou, em termos técnicos, a matriz serigráfica, normalmente feita em poliéster ou nylon, sendo esticada em um quadro de madeira, alumínio ou aço. Sua gravação ocorre pelo processo de fotosensibilidade, onde a matriz preparada com uma emulsão fotosensível é colocada sobre um fotolito, sendo este conjunto matriz + fotolito colocados por sua vez sobre uma mesa de luz. Os pontos escuros do fotolito correspondem aos locais que ficarão vazados na tela, permitindo a passagem da tinta pela trama do tecido, e os pontos claros (onde a luz passará pelo fotolito atingindo a emulsão) são impermeabilizados pelo endurecimento da emulsão fotosensível que foi exposta a luz.

Este processo produtivo, geralmente é feito de forma manual e desta forma é que ocorre o processo de produção serigráfica na produção que coordeno, visto que ela é dotada de um setor de serigrafia. Abaixo, apresentamos um video do processo serigráfico mais comum, ou seja, o processo de produção manual:

Como o progresso científico não pára, a automação industrial nos apresenta uma máquina de serigrafia automática, ou simplesmente, o Carrossel Serigráfico. Veja:

A Engenharia de Métodos e Processos Produtivos - Parte 2

Depois dos conceitos e das definições, formulei um esquema explicativo sobre as principais áreas de estudada dentro da Engenharia de Métodos e Processos Produtivos. Conforme abaixo:

Autor: Bruce Corrêa, 2010

Entendendo suas áreas, ao aplicá-la como medida de otimização do processo produtivo, costumo seguir o seguinte passo-a-passo:

1ºDesenvolver o método preferido : Consiste em analisar, com base no conhecimento técnico industrial acerca do campo de aplicação e no bom senso, a melhor forma de executar a produção, levando-se em consideração a produtividade e ergonomia do trabalhador, não esquecendo-se também da qualidade do produto final;

2ºPadronizar a operação: Consiste na adoção de um modelo de execução de tarefa, o qual deverá ser repetido sistemáticamente por todos os trabalhadores que efetivamente atuam na referida linha de produção e mesmo aquele que eventualmente poderão atuar;

3ºDeterminar o tempo-padrão: Este tópico chega a ser trabalhado de maneira errônea por muitas pessoas que atuam como gestores de produção e não possuem o conhecimento técnico que a área requer, já que para efeito de cálculo, este requer que sejam coletadas as variáveis fundamentais, como Fator de Tolerância(FT) ao esforço físico, horas trabalhadas, dentre outras. O Tempo padrão, se bem calculado, consiste em um parâmetro excelente para o PCP - Planejamento e Controle da Produção;

4ºTreinar o trabalhador: Passadas as etapas anteriores, só restam os contínuos treinamentos sobre aquela tarefa, como forma de se comprovar o conhecido ditado "A Prática leva a perfeição";