quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Capacidade Produtiva - Post 1

No mercado de trabalho atual, vivemos tempo de concorrência acirrada por postos de trabalho. Principalmente os de gestores de produção, que deveriam ser somente aqueles dotados de respaldo técnico na área industrial, ou seja, possuidor de graduação superior em engenharia de produção. Não tenho por objetivo despertar qualquer polêmica sobre esta questão. Mas devo ressaltar que cada graduação superior tem seu ramo de atividades e o formando na área credencia-se como o profissional com o verdadeiro perfil técnico para ocupar certõs cargos e funções. Comento isso, devido ao fato de que quando se fala em "Capacidade de Produção", outros profissionais afirmam saber calcular. Mas a verdade é que quando se calcula a capacidade de produção de uma unidade fabril existe uma complexidade que somente os engenheiros de produção tem embasamente teórico e técnico para tal, isso sem mencionar a responsabilidade técnica junto ao CREA do estado em que atue. Diante disso, iniciamos aqui uma série de postagens sobre estudos de capacidade produtiva, sendo este um assunto essencial, já que é apartir dela que se faz possível determinar os fatores críticos de sucesso de uma empresa. Conhecer sua capacidade de produção nada mais é que uma vantagem competitiva enorme junto a concorrentes do mesmo cenário econômico. Com a capacidade produtiva dimensionada corretamente, sua fábrica fica possibilitada em :


- Superar as expectativas dos clientes;
- Embasar tomada de decisões;
- Identificar as restrições à capacidade produtiva;
- Desenvolver alternativas para pronto atendimento de demandas de produção;
- Analisar e monitorar resultados.

Assim sendo, este estudo será postado seguindo a seguinte ordem para fácil entendimento do leitor, respeitando os tipos de capacidades produtivas de uma unidade fabril, conforme abaixo :

1. Capacidade Instalada de Produção (CIP);
2. Capacidade Disponível de Produção(CDP);
3. Capacidade Efetiva de Produção(CEP);
4. Capacidade Real de Produção(CRP);
5. Índices de Capacidade de Produção(ICP).

Aguardem...

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

PCP - Planejamento e Controle da Produção, o que é ?

Em linhas gerais, nada mais é do que a ferramenta da engenharia industrial de produção que permite a continuidade dos processos produtivos na indústria. Basicamente, controla a atividade de decidir sobre o melhor emprego dos recursos de produção, assegurando, assim, a execução do que foi previsto no tempo e quantidade certa e com os recursos corretos. Em resumo, o PCP trata dados de diversas áreas, transforma-os em informações, suporta à produção para que o produto seja entregue na data e quantidade solicitada.Podemos dizer que o PCP estará pronto quando forem respondidas as seguintes questões:

1° O que produzir?
2° Quanto produzir?
3° Onde produzir?
4° Como produzir?
5° Quando produzir?
6° Com o que produzir?
7° Com quem produzir?

Configurado o processo de produção, o PCP irá criar uma carta mapa, documento denominado plano mestre de produção (PMP), o qual é a diretriz de produção. Trata-se do conjunto de atividades da administração da produção relacionadas à alocação eficaz e eficiente dos recursos de produção da organização (materiais, máquinas, equipamentos e pessoas) para a produção dos bens e serviços demandados pelos clientes. Historicamente, com o desenvolvimento da administração científica, as funções de planejamento e controle da produção, antes exercidas de forma empírica pelos supervisores de produção, passaram a ser centralizadas em um setor específico da fábrica, usualmente denominado PCP.

Em geral, o setor de PCP dedica-se as atividades mais operacionais como a programação da produção, controle de estoques (matérias-primas, em processo e produtos acabados), emissão e controle de ordens de produção, entre outras atividades do dia-a-dia da produção.
Entretanto, a atividade de planejamento não se limita ao nível operacional. No nível tático-estratégia, a gerência de produção toma decisões de médio e longo prazo que incluem decisões sobre a aquisição de equipamentos e máquinas, contratação de pessoas, administração de materiais e fornecedores, com base em previsões atualizadas de demanda. Este processo de decisão, atualmente denominado Planejamento de Operações e Vendas (POV), envolve, além da Produção, outras áreas da empresa, especialmente as áreas de Vendas e Financeiro.
Do ponto de vista acadêmico, os conceitos e habilidades necessários para o exercício da atividades de PCP são abordados em disciplinas também denominadas Planejamento e Controle da Produção. No currículo de uma disciplina típica de PCP, destacam-se os seguintes tópicos:

1. Previsão da Demanda: os métodos estatísticos e subjetivos de previsão de demanda auxiliam os gerentes de produção no dimensionamento da produção e dos recursos materiais e humanos necessários. Assume um papel ainda mais importante quando a empresa adota uma estratégia de produção para estoque.
 
2. Planejamento da capacidade de produção: a partir da previsão de demanda de médio e longo prazo e da análise da capacidade instalada, determina-se a necessidade de adequação (aumento ou redução) da capacidade de produção para melhor atender a demanda no médio e longo prazo.

3. Planejamento agregado da produção (PAP): visa determinar a estratégia de produção mais adequada para a empresa. No plano agregado, estão as decisões de volumes de produção e estoque mensais, contratação (ou demissão) de pessoas, uso de horas-extras e subcontratação, contratos de fornecimento e serviços logísticos. Usualmente, o horizonte de planejamento é anual com revisão mensal dos planos. Neste nível de planejamento, as informações de demanda e capacidades são agregadas para viabilizar a análise e tomada de decisão.

4.Programação mestra da produção (PMP): trata-se da operacionalização dos planos de produção no curto prazo. No programa mestre são analisados e direcionados os recursos (máquinas, pessoas, matérias-primas) no tempo certo para produzir a quantidade necessária para suprir a demanda de determinado período. Nessa etapa, temos uma definição mais precisa dos itens e quantidades de produção e estoques, com um grau de detalhamento maior que o utilizado no planejamento agregado, incluindo não apenas previsões de demanda, como também pedidos firmes e ordens abertas de produção e compras.

5.Programação detalhada da produção (PDP): é a operacionalização propriamente dita no “chão da fabrica”. Define como a fábrica irá operar no seu dia a dia. 

As atividades que envolvem a programação da produção são: administração de materiais, seqüenciamento das ordens de produção, emissão e liberação de ordens.

a)Administração de materiais: planeja e controla os estoques, defini o tamanho dos lotes, a forma de reposição da matéria-prima e os estoques de segurança.

b)Sequenciamento: é a determinação da sequência de execução das operações de produção nas máquinas, visando minimizar atrasos, ociosidades e estoques em processo.

c)Emissão de ordens: implementa o programa de produção emitindo a documentação necessária para o inicio das operações e liberando-a quando os recursos estiverem disponíveis.

Em sistemas de produção repetitiva (alto volume, baixa variedade), a programação detalhada é orientada por regras mais simples e visuais como os sistemas de produção puxada tipo Kanban. Por outro lado, em empresas de produção intermitente (baixo volume, alta variedade), a atividade de programação detalhada torna-se mais complexa, dificultando a sincronização das operações para redução de custos, atrasos e tempos de fluxo das ordens. Neste ambiente, a atividade de programação pode ser apoiada em software específicos de programação da produção.

6. Controle da produção: é a última etapa do PCP e consiste no acompanhamento dos processos produtivos a fim de verificar o andamento da produção conforme o planejado, ou seja, verificar se o que foi decidido no plano agregado, programa mestre e programação detalhada está sendo realizado. A partir do apontamento da produção (tempos e rendimentos do processo), o PCP acumula dados atualizados dos processos para utilização nas decisões futuras.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Como gestor de produção industrial, quais são os requisitos para estudo de planejamento das capacidades de produção de uma unidade fabril ?

No mercado existem diversos cursos de diferentes níveis de escolaridade que induzem os frequentadores a confiarem saber realmente definir a real capacidade de uma unidade fabril. Entretanto, somente os profissionais de engenharia de produção possuem conhecimentos técnicos específicos em grau superior, respaldados por suas atribuições legais junto aos órgãos competentes, para executar tal tarefa. Assim sendo, recomendo que sejam seguidos os passos abaixo :

1-Elaborar e seguir o cliclo PDCA;
2-Promover a melhor forma de manutenção industrial possivel dos equipamentos, mantendo-os rigorosamente em dia;

3-Dependendo do tipo e sistema de produção, criar um mecanismos de coleta de informação e registro de dados de análise de produção a ser preenchido por funcionários de cargo e ocupantes de funções estratégicamente definidos, em período adotados a critério do gestor da produção;

4-Treinar os funcionários nos procedimentos operacionais necessários a coleta de dados de análise de produção;

5-Na carência de um sistema de controle de produção, desenvolver planilhas inteligentes para cálculo de índices, capacidades e controles em geral;

6-Analisar os indicadores de desempenho e tomas as providencias quando necessário.

Nas próximas postagens, entraremos nos estudos das capacidades e indices de produção em linguagem técnica industrial.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Manufatura Sincronizada : Princípios Básicos

Atualmente, muitos proprietários de fábricas sofrem com a dúvida cruel : "Qual a minha capacidade real de produção?"
Afim de responder a este questionamento, pode-se afirmar que nem todo o processo fabril pode ser balanceado com exatidão. Existem fatores operacionais que impedem isso, como :

  1. Modificação das capacidades quando ocorre alteração no mix de produção;
  2. Existência de maquinário com capacidade de processamento superior as demais;
  3. Distintos níveis de eficiência operacional, performance de qualidade e de tempos de setup diferenciados.

Desse modo, visando reduzir ao máximo as incertezas neste tipo de análise, citam-se os princípios de manufatura sincronizada, segundo Umble e Srikanth(1990), conforme abaixo :

1ºPRINCÍPIO - DESFOCAR O BALANCEAMENTO DAS CAPACIDADES, FOCANDO A SINCRONIZAÇÃO DO FLUXO;

2ºPRINCÍPIO - O VALOR MARGINAL DO TEMPO NOS RECURSOS GARGALOS É IGUAL À TAXA DE GANHO DOS PRODUTOS PROCESSADOS PELOS GARGALOS;

3ºPRINCÍPIO - O VALOR MARGINAL DO TEMPO EM UM RECURSO NÃO-GARGALO É NEGLIGENCIÁVEL;

4ºPRINCÍPIO - O NÍVEL DE UTILIZAÇÃO DE UM RECURSO NÃO-GARGALO É CONTROLADO POR OUTRAS RESTRIÇÕES DENTRO DO SISTEMA;

5ºPRINCIPIO - UTILIZAÇÃO REAL E CONCRETA DOS RECURSOS, NÃO SIMPLESMENTE ATIVANDO-OS;

6ºPRINCÍPIO - O LOTE DE TRANSFERÊNCIA NÃO PRECISA SER, E MUITAS VEZES NÃO DEVE SER, IGUAL AO LOTE DE PROCESSO;

7ºPRINCÍPIO - O LOTE EM PROCESSO DEVE SER VARIÁVEL, TANTO AO LONGO DO ROTEIRA DE FABRICAÇÃO, COMO AO LONGO DO TEMPO.

Em suma, o mecanismo da função produção postula explicitamente, a partir de uma visão do sistema, a necessidade de priorizar as melhorias nos sistemas produtivos com foco na função - processo, que trata da melhoria dos fluxos do objeto de trabalho(materiais, serviços e idéias) no tempo e no espaço.

domingo, 30 de outubro de 2011

ON THE JOB TRAINING - OJT : Treinamento no Local de Trabalho

Atualmente, no mundo corparativo não há como deixar de ressaltar a importância da capacitação contínua aos colaboradores. Diante disso, lhes apresento um método de ensino focado no chamado "chão-de-fábrica" : OJT. Irei abordar este tema em 2(duas) partes , inciando a primeira agora .

Diante do aparente consenso de que na era do conhecimento as ações de desenvolvimento de pessoal são absolutamente estratégicas, haja vista a necessidade das Autarquias de Saneamento incorporarem a filosofia de "organizações que aprendem", não se tem constatado avanços significativos nas habilidades das pessoas, principalmente aquelas vinculadas ao "chão de fábrica" ou "chão de venda" ou "chão administrativo". Os não avanços ora tem sido por falta de Setores de Recursos Humanos - RH, ora por falta de gestores de RH ou ora por falta de metodologia educacional; em suma, se observa absoluta falta de foco em RH. Assim, convive-se com um perfil de RH incompatível com os desafios tecnológicos, metodológicos e sociais, alcançando-se, quando muito, resultados da ordem de 5 a 10 horas/aula/funcionário/ano, via de regra concentrado em pessoas vinculadas às áreas meio (Projeto, Obra, Planejamento, Administrativo, Financeiro, Jurídica, Contabilidade, Compras, etc.). Mesmo que se tente inverter este quadro, há uma crise pedagógica, dificultando sobremaneira a educação de pessoas com vínculo ao "chão de fábrica", em especial aquelas que trabalham em regime de turnos de revezamento. Seu objetivo principal é apresentar uma alternativa altamente eficaz na educação de adultos vinculados ao "chão de fábrica", permitindo que se alcancem resultados expressivos em prol da organização, dando-lhe recursos humanos com novas habilidades técnicas e comportamentais, as quais são agregados sem mover o funcionário de seu local de trabalho. Entretanto, surgem os questionamentos :


1. Como garantir que o Treinamento Operacional seja efetivamente aplicado nas situações de  trabalho? 
2. Como utilizar o Programa de Treinamento Operacional com instrumento de garantia da 
qualidade nos processos, produtos e serviços? 
3. Como alcançar índices de 80 a 100 horas/aula/funcionário/ano sem grandes dispêndios 
financeiros e sem grande movimentação de pessoal? 


A resposta a estas questões é obtida através da  utilização, por parte das empresas  do "On 
The Job Training - OJT" (Treinamento no Local de Trabalho) e este por sua vez é uma metodologia pedagógica simples, eficaz e barata,  que parte das seguintes premissas:

a) É um tipo de treinamento interno com instrutores internos ou externos;
b) Preferencialmente são capacitados os próprios  supervisores para assumirem o papel de
instrutores;
c) A escola vai ao aluno;
d) O aluno é treinado em seu habitat onde se sente seguro e mais disposto a aprender;
e) A aprendizagem é absolutamente vivencial;
f)  Permite maior integração da teoria à prática;
g) Pessoas de turnos distintos se encontram, criando-se o espírito do contraditório, rumo
à padronização; 
h) Facilitação no trabalho dos instrutores, pois os alunos assumem posição de
instrutores em função de aprenderem juntos, onde um procura se destacar mais em
relação ao outro, por estarem mais à vontade;
i)  Preferencialmente os chefes são os instrutores; 
j)  Aprendem fazendo; 
k) Pode-se treinar pessoas com pouca escolaridade.

Nesta metodologia, a Educação e o Treinamento são a base de  sustentação dos Programa de Melhoria da Qualidade em qualquer organização. O “OJT – ON THE JOB TRAINING” é uma das excelentes metodologias de Treinamento que viabiliza o desenvolvimento, a participação e o  comprometimento de toda a equipe com os resultados organizacionais, pois através dele são  praticados os seguintes conceitos:

Todo Treinamento deve ser acompanhado da aplicação prática dos
conhecimentos e habilidades adquiridos. O Lema é "Educa –Treina – Faz";


O Treinamento na tarefa decorre da definição clara de Procedimentos 
Operacionais. Estes Procedimentos são a descrição do trabalho a ser executado 
em cada tarefa. É com base nestes procedimentos que são elaborados os 
Manuais de Treinamento; 
 A delegação é a base da Educação. É  como relacionamento de pai e filho. 
Quando a pessoa tem autoridade sobre o processo que está sob sua 
responsabilidade, ela une seu conhecimento com sua iniciativa, produzindo 
excelentes resultados;

A participação é a palavra chave para despertar o desejo de ser treinado. As 
pessoas devem sentir a necessidade  do treinamento. No “OJT- On The Job 
Training” as pessoas constroem juntas a relação de aprendizagem, desde a 
elaboração dos Procedimentos Operacionais Padrão até a experimentação das 
situações concretas do seu dia-a-dia em um ambiente de aprendizagem; 

Desnecessário dizer que a ação de treinamento é tão mais eficaz quanto mais conectado
estiver a Programas empresariais. A título de exemplo o OJT pode ser muito bem aplicado aos treinamentos de Operadores de Sistemas de Abastecimento de Água e de Esgotos Sanitários, bem como para Mantenedores destes Sistemas e Comercializadores de Serviços (leituristas, atendentes, etc.), dentro de Programas de Fortalecimento Operacional com vistas a redução de custos, aumento de faturamento, redução de perdas, etc. 

Definido o Processo Organizacional onde o Programa está focado (por exemplo Operação, ou Manutenção ou Comercial), o planejamento do treinamento deve atender à seguintes etapas que serão o tema de nossa postagem final sobre OJT. Em breve, aguardem...  

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Governo publica pacote com novas regras para licenciamento ambiental

Após um longo periodo de inatividade por problemas particulares, estamos de volta e desta vez, abordando um tema que sempre está em evidência na sociedade, a questão ambiental. Diante da iminente e polêmica construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte no Estado do Pará e após anos de discussão, o governo brasileiro lança um novo pacote de regras para o licenciamento ambiental de diversos tipos de obras, alterando a apresentação de estudos para se obter licença para certos tipos de obras como construção de estradas, portos, usinas elétricas e petroleiras em geral.

Assim sendo, o governo lançou nesta sexta-feira (28) um pacote de medidas alterando o licenciamento ambiental, exigência legal para obras de infraestrutura no país. As novas regras foram publicadas no Diário Oficial da União e, entre outros aspectos, regulam a apresentação de estudos de impacto dos empreendimentos. Ao todo, o Ministério do Meio Ambiente editou sete portarias, que afetam a construção de rodovias, portos, linhas de trasmissão, além da exploração de petróleo e gás. O Instituto de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que avalia e aprova os licenciamentos, também editou uma instrução normativa alterando prazos e procedimentos na avaliação de projetos. Algumas das novas regras são assinadas também pelos ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e da Cultura, Ana de Hollanda, já que afetam comunidades indígenas e quilombolas.Ainda na tarde desta sexta, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e o presidente do Ibama, Curt Trennepohl, deverão conceder entrevista à imprensa para esclarecer melhor as novas regras. Na quinta-feira (28), em conversa com jornalistas, Trennepohl explicou que as medidas se dividem em três grandes grupos, como informa a agência Reuters: a normatização da interlocução entre o Ibama e outros órgãos federais em um processo de licenciamento, a regularização de empreendimentos construídos antes da lei de licenciamentos, que data de 1981, e a definição de procedimentos mais claros na emissão de novas licenças.


"Não estamos fazendo nenhuma alteração nas normas já existentes. Estamos elaborando procedimentos para preencher lacunas ou tornar mais claro o que a norma preexistente diz", afirmou Curt à Reuters.


Uma das medidas que, segundo Ibama, deve agilizar o processo de emissão de novas licenças, é a que estabelece prazo de 60 dias para que órgãos federais como a Fundação Nacional do Índio (Funai), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) entreguem ao Ibama suas manifestações dentro de um processo de licenciamento ambiental que afete suas áreas de competência. Atualmente não há prazo para essa manifestação e a troca de ofícios pode se alongar por meses. Além disso, a portaria interministerial tipifica quais exigências esses órgãos podem fazer em um licenciamento ambiental. Essas regras devem agilizar, por exemplo, a emissão de licenças de usinas hidrelétricas, que frequentemente necessitam de parecer antropológico por parte da Funai ou de relatórios do Iphan sobre potenciais arqueológicos na área alagada.

Novas licenças - No conjunto de procedimentos para a emissão de novas licenças, o governo definiu que o Ibama só poderá solicitar uma vez ao empreendedor complementações das informações prestadas por ele. O responsável pela obra, por sua vez, só terá uma chance de responder. Para o governo, isso pretende evitar as seguidas idas e vindas de pedidos de esclarecimentos e respostas. Segundo técnicos do Ibama ouvidos pela Reuters, a resposta única às complementações também deverá melhorar a qualidade das informações - e das respostas - prestadas pela empresa que está pedindo a licença.

Limite a condicionantes - Em relação às condicionantes exigidas de um projeto, o governo pretende impor limites. A regra prevê que só se façam exigências ligadas ao efetivo impacto da obra, evitando que o empreendedor acabe tendo de arcar com demandas sociais da região do projeto que não foram causadas por seu projeto. Isso deve reduzir os custos gerados pelo licenciamento.

Petróleo e gás - No licenciamento da perfuração e exploração de novas áreas petrolíferas marítimas, o governo estabelecerá uma espécie de hierarquização do licenciamento. Assim, em áreas que foram consideradas de menor risco ambiental, o processo de licenciamento será mais simples. Do mesmo modo, aumenta a complexidade onde houver mais sensibilidade do ponto de vista ambiental. Essas áreas serão divididas com base em critérios técnicos que envolve profundidade e distância da costa. Outra novidade é a formalização de um procedimento já usado atualmente pelo Ibama: o licenciamento de "polígonos" de perfuração, no lugar da liberação bloco a bloco. Esse mesmo tipo de licenciamento integrado de mais de uma área será adotado na produção. Os licenciamentos de linhas de transmissão também serão diferenciados de acordo com o nível de risco ao meio ambiente. Empreendimentos que não passem em terras indígenas, por exemplo, terão procedimentos mais simples na emissão do documento.

Regularização - O governo pretende regularizar a situação ambiental de projetos construídos antes de 1981, ano da lei dos licenciamentos. No caso das rodovias, por exemplo, há hoje cerca de 55 mil quilômetros de rodovias federais pavimentadas não regularizados. Segundo Trennepohl, a meta é regularizar tudo em até 20 anos.

"Mas há prazos menores, levando em conta rodovias com maior fluxo, que terão prioridade", disse. Entre essas rodovias estão, por exemplo, a BR-101, que corta o litoral brasileiro.

Com a regularização, serão simplificadas as autorizações de obras dentro da faixa de domínio dessas vias - como a construção de terceiras faixas ou saídas para cidades. Hoje, como as estradas não têm licença, cada intervenção necessita de um licenciamento avulso. A regularização de toda a estrada permitirá que as intervenções - com exceção de duplicações - sejam liberadas mediante uma autorização mais simples. A regra vale apenas para rodovias asfaltadas e que já estão em operação. O mesmo tipo de regularização será feito em 40 portos ligados às Companhias Docas. Assim como nas rodovias, isso permitirá agilizar a liberação de intervenções menores, como as dragagens de manutenção.
Diante deste novo pacote de medidas, esperamos que o processo de concessão das licenças ambientais sejam mais rápidos, sem que percam a qualidade na análise dos estudos de impactos ambientais de modo a somente concedê-las ao empreendimentos que estejam em conformidade com os padrões de qualidade ambiental e legislação competente.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Prevenção de Risco Elétrico : Novas tomadas são obrigatórias a partir de hoje

Visando maior segurança dos usuários de aparelhos elétricos, a partir desta sexta-feira (1/07/2011), todos os aparelhos eletroeletrônicos vendidos no Brasil devem ter plugues e tomadas de dois ou três pinos redondos. Os modelos  atendem ao novo Padrão Brasileiro de Plugues e Tomadas e foram desenvolvidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). A adequação começou em 2000.
De acordo com o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro), o terceiro pino funciona como fio terra e vai estar presente em aparelhos que em curto-circuito podem provocar choques, como geladeiras, máquina de lavar e micro-ondas. A instituição disse que o modelo foi desenvolvido pela ABNT obedecendo aos critérios segurança, adaptabilidade e custo.
A instituição informou que o consumidor convive com mais de dez tipos de plugues e tomadas e que a padronização reduz riscos de choques elétricos, sobrecarga na instalação elétrica e desperdício de energia. O Inmetro também disse que a mudança não deve trazer novos custos ao consumidor, pois o modelo se conecta a 80% dos aparelhos elétricos atuais.
Em balanço divulgado nesta quinta-feira (30/06/2011), o instituto afirmou que o padrão está totalmente implantado, com mercado abastecido, baixo índice de irregularidades de produtos à venda e sem abuso de preços ao consumidor. Além disso, o diretor da Qualidade do Inmetro, Alfredo Lobo, disse que, desde 2006, todas as novas construções de moradia só recebem o “habite-se” se obedecerem o padrão.

Veja abaixo algumas das principais dúvidas sobre o novo padrão.

Como foi escolhido o padrão brasileiro?
De acordo com o Inmetro, a ABNT adotou os critérios de segurança, adaptabilidade e custo para a escolha do padrão. O instituto diz que modelo reduz os riscos de choques elétricos, se adapta melhor a 80% dos aparelhos atuais e tem melhor custo-benefício para os usuários e empresas.

Por que não foi adotado um padrão universal?
Não existe um padrão universal. Várias tentativas em todo o mundo, inclusive da entidade internacional de normalização do setor, a Comissão Eletrotécnica Internacional (IEC), não foram adiante. Por esse motivo, países como Estados Unidos, Inglaterra, França, Argentina, Espanha, Colômbia, Chile e Portugal estabeleceram seus próprios padrões.
Por que não adotar o padrão de um parceiro comercial, como EUA ou Alemanha?
O padrão americano possui baixo custo, mas foi feito para trabalhar na tensão de 110 V. No Brasil, há diferentes sistemas de distribuição, com tensões de 110 V, 127 V e 220 V. Já o padrão alemão, considerado o mais seguro do mundo, possui elevado custo e baixa compatibilidade com os plugues e tomadas utilizados no Brasil.

O que são plugues e tomadas padronizados?
As tomadas terão sempre três furos e os plugues terão dois ou três pinos redondos. O pino chato acabou. Além disso, os pinos podem ser de dois diâmetros: com 4 mm ou 4,8 mm.
Aparelhos que operam com até 10 amperes usam o plugue com pinos de 4 mm, e que os que trabalham entre 10 e 20 amperes plugues, com 4,8 mm de diâmetro.

Para o que serve o terceiro pino?
O terceiro pino substitui o fiozinho que vinha em aparelhos como geladeira, máquina de lavar e micro-ondas. Ele se aplica aos aparelhos que precisam de aterramento, ou seja, que em curto-circuito podem provocar choques-elétricos. A descarga passa a acontecer pelo pino. Antes,o fio podia ficar sem função, porque nem todas as construções têm aterramento.

Quais as vantagens?
O formato das tomadas que obedecem ao padrão impede o contato acidental com o dedo na hora do encaixe e evita choques elétricos, plugues com diâmetros diferentes, de acordo com amperagem dos aparelhos, reduz o risco de sobrecarga e os danos ao eletrodoméstico e à instalação, o primeiro contato na conexão de um plugue de três pinos com a tomada é do pino de aterramento – se houver curto-circuito, a descarga elétrica se dá pelo aterramento e não pelo corpo de quem esteja tentando conectar o equipamento.

Os novos plugues e tomadas são de fácil instalação?
A instalação é semelhante à dos plugues e tomadas não padronizados. Porém, como já era indicado anteriormente, é aconselhável que ela seja feita por um profissional eletricista.

Todos os fabricantes deverão fazer as alterações? E os importados?
Sim. Todos os fabricantes de eletrodomésticos devem confeccionar seus equipamentos com os plugues do padrão brasileiro. Os aparelhos importados comercializados no Brasil também devem fazer as alterações.

É necessário substituir todos os plugues e tomadas das residências?
Não. De acordo com o Inmetro, somente em 20% dos casos de eletroeletrônicos haverá dificuldade para conectar plugues e tomadas. Para a conexão desses aparelhos, será necessária a utilização de adaptadores.

O que fazer em caso de um equipamento antigo de dois pinos redondos?
Não é preciso fazer nada. O plugue do seu aparelho é compatível tanto com a tomada antiga quanto com a do novo padrão.

E no caso de um equipamento novo de dois pinos chatos, o que fazer?
Enquanto a tomada for do modelo antigo, não é preciso fazer nada. Porém, ao trocar a tomada da casa ou comprar uma residência que atenda ao padrão brasileiro, há duas opções: usar um adaptador ou trocar o cabo de alimentação do seu aparelho.

E quando o equipamento for novo, com dois pinos redondos, e a tomada for antiga, o que fazer?
Também não é preciso fazer nada. O plugue do aparelho é compatível tanto com a tomada antiga quanto com a do novo padrão. As informações são do G1. (DOL)

domingo, 26 de junho de 2011

Adicional de Insalubridade : O que é e quem tem direito...

Muito polêmico, vamos tirar todas as dúvidas sobre este assunto. Segundo o Ministério do Trabalho e emprego, existem 3(três) tipos de insalubridade, através dos quais o trabalhador poderá ganhar 10%, 20% ou 40% de adicional conforme o grau de risco.
Legalmente, o adicional de insalubridade é um direito concedido a trabalhadores que atuam expostoas a agentes nocivos a saúde. Nele, são classificados os graus de risco conforme abaixo:

GRAU DE RISCOPERCENTUAL
MÍNIMO
10%
MÉDIO
20%
MÁXIMO
40%

Não há entendimento jurídico, no entanto, sobre a base de cálculo a ser usada para o adicional: se sobre o salário mínimo, sobre o salário-base, sobre o piso da categoria ou sobre a remuneração total. O caso está em discussão na Justiça. Diante disso, seleciono algumas das dúvidas mais frequentes sobre o tema.
O que é insalubridade?
Segundo a CLT, é considerada atividade insalubre aquela em que o trabalhador é exposto a agentes nocivos à saúde acima dos limites tolerados pelo Ministério do Trabalho e Emprego.
Como é determinada se a atividade é insalubre?
A Norma Regulamentadora 15, do Ministério do Trabalho, é que define o que é atividade insalubre. Há grau mínimo, médio e máximo.
Qual a diferença entre insalubridade e periculosidade?
É considerada atividade perigosa aquela em que o trabalhador não está diretamente exposto a agentes nocivos, mas corre risco de sofrer ferimentos ou de morrer. Nesse caso, o adicional é calculado sobre 30% do salário-base. Os adicionais de periculosidade e de insalubridade não são cumulativos: ou o trabalhador recebe um ou recebe outro.
Como é calculado o adicional de insalubridade?
O trabalhador que atua com atividade insalubre no grau mínimo recebe 10% de adicional de insalubridade. Quem atua com grau médio, recebe o percentual de 20%. No grau máximo, o percentual é de 40%.
Qual a base de cálculo para o benefício?
A definição da base de cálculo é polêmica. Há diferentes decisões judiciais, que determinam o cálculo sobre o salário mínimo, sobre o salário base do trabalhador, sobre o piso da categoria ou sobre a remuneração total do empregado.
Quem nunca recebeu e julga que tem o direito ou quem considera equivocada a base de cálculo utilizada pode questionar na Justiça?
Sim. Nesse caso, a ação só tem efeito retroativo de cinco anos e só pode ser protocolada até dois anos depois do desligamento do empregado na empresa.
Fonte: Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e Ministério do Trabalho

terça-feira, 21 de junho de 2011

Crowdsourcing ou Tercerização!?

Conceituo esta como mais uma forma de ganho financeiro e profissional, trata-se de uma prática mundial há mais de 20 anos, o “outsourcing” é caracterizado quando uma companhia busca mão-de-obra para uma ação pontual fora da empresa. O termo não é novidade e até pode ser usado como sinônimo de terceirização. Mas o assunto agora é o “crowdsourcing”; do inglês, “fontes na multidão”. Ou seja, a busca de alguém para efetuar determinada tarefa é feita entre uma infinidade de pessoas.   O crowdsourcing é um modelo que utiliza os conhecimentos espalhados pela internet para resolver problemas, criar conteúdo e desenvolver novas tecnologias.  


"Agora as empresas pensam: na verdade não importa quem sejam essas pessoas, talvez elas estejam nos Estados Unidos, na Índia ou no Brasil. Se elas puderem fazer o trabalho, a gente paga", explica Shaun Abrahamson, fundador da consultoria Mutopo.    

Funciona basicamente assim: em sites bastante parecidos com aqueles de leilões online que já conhecemos, empresas oferecem oportunidades de trabalhos esporádicos e pontuais. Os internautas que tiverem o perfil da atividade enviam uma proposta e o cliente define quem fica com o serviço. Lógico, vence a proposta com melhor custo-benefício. Tem de tudo e propostas vindas de todos os cantos do planeta. 

"Principalmente trabalhos que possam ser feitos online e que possam ser aprovados online. Então, normalmente, é programação, ilustração, tradução, consultoria... são esses os principais trabalhos encontrados", conta Alex Valdarnini, webdesigner e ilustrador.    

Há quase quatro anos, Alex descobriu os sites de crowdsourcing. Hoje, essa renda extra já representa 50% do seus ganhos mensais. "Inicialmente eu pegava qualquer coisa: barata e fácil de fazer, mas hoje eu sou um pouco mais seletivo e pego alguns trabalhos um pouco mais caros e que tenham meu perfil. Assim eu sei que eu posso ganhar o trabalho, já que é em forma de leilão que funciona. Tem gente que realmente vive disso e consegue ganhar bem. E tem pessoas que conseguem tirar de 1 mil até 3 mil por mês, já que a remuneração lá fora é feita em dólares", conta o ilustrador.

Produtividade em Equipe : Mitos

Após algum tempo afastado das postagens, estamos de volta e logo de inicio abordamos um tema bem atual em âmbito corporativo: "TRABALHO EM EQUIPE". Leiam abaixo, esta interessante matéria publicada pelo site da UOL :

Professor de psicologia quebra algumas das principais crenças das empresas em relação a trabalhar em grupo

Ninguém duvida de que boa parte das empresas depende do trabalho em equipe. Quando algumas pessoas atuam juntas com o mesmo objetivo, de forma geral, isso permite responder mais rápido às demandas e aos problemas. Mas o professor de psicologia organizacional e social da Harvard University, J. Richard Hackman, defende que nem sempre isso acontece e boa parte das corporações tem uma visão equivocada sobre o assunto.

A seguir, Hackman detalha os cinco principais mitos sobre o trabalho em equipe que podem interferir, de forma negativa, nos resultados.

Mito 1 – A harmonia entre os colaboradores é essencial

O que ocorre é justamente o oposto, mostram pesquisas. Conflitos, quando bem gerenciados e focados em um objetivo comum, podem gerar soluções mais criativas. Os questionamentos são bons para a equipe. Além disso, pesquisas detectaram que as orquestras sinfônicas nas quais nem todos os membros estão em harmonia tendem a tocar um pouco melhor do que a média.

Mito 2 – Novos membros trazem energia e frescor de ideias

Na realidade, as pessoas que já trabalham juntas há algum tempo conseguem entregar melhores resultados do que grupos nos quais existe uma rotatividade maior de pessoas. O professor cita que trata-se de um tema comprovado cientificamente, apesar da crença de que quem está junto há muito tempo tende a ficar acomodado.

Mito 3 – Quanto maior a equipe, melhor

Acredita-se que quanto maior o grupo, mais chances de sucesso, já que aumenta o esforço para conseguir um objetivo comum. No entanto, equipes excessivamente grandes dificultam uma colaboração efetiva entre seus membros, o que acaba com o principal diferencial do trabalho em time. Além disso, fica mais complicado coordenar as atividades conjuntas.

Assim, pequenos times tendem a ser mais eficientes e gerar menos frustrações.

Mito 4 – Reuniões presenciais são coisa do passado

Por mais que as tecnologias tenham facilitado a comunicação entre as pessoas, fazer um trabalho 100% a distância pode não ser tão eficiente. Pessoas trabalhando de forma remota tendem a ficar em desvantagem. Uma série de empresas que trabalham com equipes dispersas já percebeu, segundo o professor de Harvard, que isso aumenta o tempo e os gastos dos projetos, em relação ao modelo tradicional, no qual os profissionais têm um contato face a face.

Mito 5 – Tudo depende do líder

A participação do líder, realmente, faz a diferença no trabalho em equipe. Mas a coisa mais inteligente que um chefe pode conseguir é criar condições para que cada membro de uma equipe consiga gerenciar sozinho suas tarefas e demandas.

Além disso, o papel da liderança é garantir que as coisas ocorrerão como o previsto. Pesquisas indicam que as habilidades do chefe no dia a dia só correspondem a cerca de 10% das variáveis para o sucesso de um trabalho. A maior parte, 60%, está relacionada ao ambiente para elaboração das iniciativas. 

terça-feira, 26 de abril de 2011

Os 8(Oito) Riscos de Abrir uma Consultoria


Dentre os ramos de negócio da atualidade, um dos que está mais em voga é a consultoria. Esta por sua vez,  surge como opção de emprego para aqueles profissionais que começam a avaliar a possibilidade de montar uma pequena consultoria. Entretanto, esse tipo de negócio, no entanto, representa um risco. Isso porque, na maior parte dos casos, as consultorias de pequeno porte não têm estabelecido uma carteira de clientes, metodologias e processos administrativos. Pior, não apresentam recursos necessários para capacitação. Assim, se cogitar montar um negócio próprio nesse setor, deve considerar os seguintes aspectos:

1. Oferta de serviços - As pequenas consultorias de sucesso precisam oferecer um pequeno número de serviços, mas de muito alta qualidade. Deve-se focar em um determinado setor ou oferta no qual a equipe tem bastante expertise. 

2. Desenvolvimento de negócios - Nenhuma consultoria existe sem clientes. Mas a maioria das empresas de pequeno porte não tem cuidado na hora de analisar o público-alvo. De forma geral, quando um profissional inicia um negócio, os próprios amigos o contratam. Isso até ajuda a dar início à operação, mas não cria uma companhia sustentável. As verdadeiras empresas de sucesso precisam identificar oportunidades de negócio e fechar acordos com clientes que elas ainda não conhecem. Assim, se você odeia ser vendedor ou não consegue imaginar a possibilidade de fazer ligações para estranhos, esqueça o trabalho em uma pequena consultoria.

3.Fique atento às expectativas - Executivos que viram consultores algumas vezes querem oferecer conselhos baseados na sua própria experiência. Mas as consultorias que vão sobreviver a longo prazo devem trabalhar com uma abordagem verdadeiramente consultiva. Ou seja, até podem usar a experiência dos profissionais, contudo, precisam identificar as necessidades reais dos clientes para criar soluções e recomendações baseadas em análises rigorosas. Isso inclui, principalmente, dar atenção aos detalhes.

4. Defesa das idéias - Na maior parte das grandes organizações, os gerentes de nível médio se negam a implementar algumas idéias dos seus superiores. Com base nisso, as consultorias pequenas precisam ficar atentas para não impor suas idéias e, sim, vendê-las. Isso exige uma integração com o cliente e flexibilidade para modificar os objetivos iniciais. O ego não pode prevalecer.

5.Delegar - Pelo fato de uma pequena consultoria trabalhar com uma equipe limitada e, dificilmente, contar com o apoio de consultores menos experientes ou com uma equipe administrativa, delegar pode não ser uma opção viável. Com isso, os consultores precisam ter habilidades com Excel e PowerPoint, bem como devem saber escrever seus próprios relatórios.

6.Status - As pessoas que escolhem trocar um cargo executivo pelo trabalho em uma pequena consultoria perdem o status e os benefícios de uma grande organização. Assim, na maior parte dos casos, esses profissionais precisam aprender a trabalhar sem um assistente, em um escritório menor e com uma rede de computadores nem tão eficiente. Além disso, os jantares com clientes acabaram. Na prática, isso pode gerar um desapontamento para os profissionais, os quais precisam adequar suas atitudes e objetivos a esse novo cenário.

7.Impacto financeiro - Com equipes enxutas, as consultorias menores só conseguem ser rentáveis quando os profissionais estão trabalhando em projetos que vão trazer resultados financeiros. No entanto, essas empresas precisam estar preparadas para enfrentar períodos de poucas demandas e, por consequência, dinheiro limitado para pagar empregados e fornecedores. O que exige estar bem preparado financeiramente.

8.Estratégia de saída - Consultorias menores, muitas vezes, são organizadas com base no estilo de vida dos proprietários. Com isso, se a empresa é administrada por profissionais jovens, pode ser baseada em oportunidades e desafios. Ou, o contrário, se o sócio for mais conservador, pode representar um lugar mais austero. Assim, antes de aceitar o convite para trabalhar em uma pequena consultoria, entenda o perfil de quem dirige o negócio e veja se faz sentido, ou não, com seus objetivos.

Diante dessas dicas, o profissional que no momento analisa montar um escritório de consultoria, ele deverá ponderar tais aspectos como forma de reduzir incertezas quando ao ramo de negócio e com isso, ter sucesso em seu empreendimento.


segunda-feira, 21 de março de 2011

Alternativas para os resíduos industriais

Segundo notícia divulgada em fevereiro pelo IBGE, a indústria paraense cresceu 13,5% em dezembro de 2010. Boa notícia para os índices econômicos, porém, como o setor gera resíduos compatíveis ao número da sua produção, a indústria se volta para desenvolver índices positivos no quesito socioambiental. Por isso, cada vez mais a são adotados processos regenerativos na produção brasileira.

Muitas empresas têm acompanhado a tendência do mercado e reciclado sobras de suas fabricações para atender a uma demanda cada vez maior de consumidores conscientes. De acordo com Deryck Martins, secretário executivo do Conselho Temático de Meio Ambiente, da Fiepa (Federação das Indústrias do Estado do Pará), muitas organizações estão adotando a reciclagem de resíduos sem visar apenas o lucro. 'Alguns fatores como a legislação, o consumo consciente e a busca por uma produção socialmente responsável têm contribuído para a mudança de práticas das empresas', diz.

Seguindo o caminho de países europeus e do Estados Unidos, o Brasil promulgou em agosto do ano passado a Política Nacional de Resíduos Sólidos, registrada sob a Lei nº 12.305. Entre as exigências da legislação, os setores produtivos devem elaborar mecanismos para reaproveitar seus resíduos ou fazer o destino correto de acordo com o tipo de material a ser descartado. O processo de implementação da Política Nacional tem evoluído lentamente. No entanto, segundo Deryck Martins, os benefícios da reciclagem proporcionados para a indústria geram novas receitas, aumentando o ciclo de beneficiamento industrial.

Política Nacional de Resíduos Sólidos - LEI Nº 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 
 
Fonte : Portal ORM  em 21/03/2011 - 09h04



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